Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
25 ABR 2024

Imagem do dia

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical 8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Imprensa

Harvard leva trabalhadores para a classe média com alta remuneração

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Imprensa

Harvard leva trabalhadores para a classe média com alta remuneração

Na universidade, terceirizados ganham o mesmo e têm os mesmos benefícios de funcionários diretos da universidade; alguém mais seguirá seu exemplo?
havard
Martha Bonilla não é a típica trabalhadora de classe média. E não é só porque ela nasceu em um lugar afastado de El Salvador e atravessou o México escondida entre uma pilha de bananas na traseira de um caminhão para chegar ilegalmente aos Estados Unidos aos 20 anos.
 
Como milhões de americanos sem diploma universitário, a mãe de três filhos, com 44 anos, trabalha nos degraus inferiores do setor de serviços, em uma cozinha administrada pela empresa de serviços alimentícios Restaurant Associates, em Cambridge, Massachusetts. Preparação de alimentos e serviço integram o grupo ocupacional mais mal pago da economia; mesmo em Boston, normalmente rende menos de US$ 27 mil por um emprego em tempo integral e durante todo o ano.
 
No entanto, Bonilla está sentada à mesa de sua cozinha, no sólido bairro de classe média de West Roxbury, Massachusetts. Ela e o marido, Felipe Villatoro, ambos residentes legais, compraram a casa há 12 anos por US$ 350 mil. É a segunda; ela aluga a primeira para os membros de sua extensa família. As férias na Flórida, o plano de aposentadoria, os US$ 1.700 por mês que pagam pelas mensalidades e taxas da faculdade da filha – tudo isso fala do sonho da América.
 
“Vir para os Estados Unidos foi a melhor decisão que já tomei”, disse Bonilla.
 
Qual é o segredo? O trabalho de Bonilla na Restaurant Associates é fazer o café da manhã e o almoço para executivos que buscam cursos de extensão na Harvard Business School. Na universidade, os trabalhadores de serviços na folha de pagamento de um contratado externo ganham o mesmo pagamento e benefícios que receberiam como funcionários diretos da universidade – incluindo seguro de saúde e benefícios de pensão, férias pagas e assistência de creche.
 
Política remove incentivos econômicos para a terceirização
 
Essa política de paridade foi formalmente adotada em toda a universidade há 16 anos por Lawrence H. Summers, então presidente da Harvard. De um só golpe, acabou com a prática de terceirizar restaurante, segurança e outros serviços, simplesmente para economizar nos custos trabalhistas. “O efeito dessa política é remover alguns dos incentivos econômicos para terceirizar tais posições”, disse Michael Kramer, diretor de organização da unidade local de Cambridge da Unite Here, o sindicato que atende trabalhadores de serviços de alimentação.
 
Para Bonilla, o resultado é um salário por hora de mais de US$ 25. Adicionando o dinheiro de um trabalho de meio período cozinhando em um dormitório estudantil, na maioria das semanas ela ganha mais de US$ 1.500. Isso supera o pagamento semanal típico de um trabalhador com um mestrado. Somando o salário de Villatoro, também cozinheiro da faculdade de administração, a família ganha quase US$ 120 mil por ano.
 
Como os salários dos trabalhadores americanos sem educação universitária definham abaixo de onde estavam há 40 anos, o experimento de Harvard levou alguns economistas e sindicalistas a pensar em arranjos similares para beneficiar de forma mais ampla os trabalhadores com baixos salários, que formam a parte do mercado de trabalho que é maior e tem mais rápido crescimento.
Na verdade, as políticas de emprego de Harvard afetam uma população limitada. Somente 275 trabalhadores de refeitórios, 404 guardas de segurança e 370 trabalhadores de manutenção são empregados por subcontratantes, e outros 1.105 trabalham para a universidade. É uma questão em aberto saber se organizações maiores, ou aquelas sem dotações multibilionárias, podem seguir o exemplo.
“Esta é uma importante inovação no setor privado – um modelo muito bom para uma organização voltada para o social”, disse Summers, cujo mandato ficou entre seu serviço como secretário do Tesouro no governo Clinton e seu tempo dirigindo o Conselho Econômico Nacional sob o presidente Barack Obama Mas ele reconheceu que o experimento traz um conflito de escolha.
 
Medidas desse tipo podem elevar preços
 
Mesmo se o objetivo for louvável – elevar os trabalhadores da base do mercado de trabalho para a classe média, estimulando a economia e pressionando contra a crescente desigualdade salarial do país – Summers observou que políticas como essas “tornam mais caro fazer as coisas que você faz”. Estabelecer um piso de pagamento muito elevado pode forçar as empresas a contratar menos pessoas, piorando muitas delas.
 
Atualmente, cerca de 45 milhões de americanos trabalham em empregos de serviços de baixo custo – como cuidadores pessoais, cozinheiros, zeladores, representantes de vendas – que normalmente ganham menos de US$ 30 mil por ano. Até 2026, o governo projeta, o número será de 50 milhões. A terceirização é uma das principais dinâmicas que mantêm baixos seus salários e o experimento de Harvard é um estudo de caso útil de como as instituições podem usar sua influência para forçar um recurso.
Pesquisas recentes feitas por economistas de quatro importantes universidades e pela Administração do Seguro Social concluíram que a divisão em partes do trabalho menos qualificado para empreiteiros de baixos salários – a Goldman Sachs terceirizando seus serviços de zeladoria, por exemplo, ou a Apple terceirizando a montagem de seus iPhones para a Foxconn – poderia representar cerca de um terço do aumento da desigualdade salarial nos Estados Unidos desde 1980.
 
Há um corpo substancial de pesquisas sugerindo que aumentos modestos no salário mínimo terão apenas um pequeno efeito sobre o emprego. Mas quase não há pesquisas sobre o que aconteceria se o salário de um cozinheiro fosse fixado em US$ 24, cerca do dobro da taxa do mercado. A maioria dos economistas provavelmente concordaria que o número de cozinheiros cairia.
 
Pesquisa de David Neumark, economista trabalhista da Universidade da Califórnia, em Irvine, aponta que, nas partes da economia mais suscetíveis à automação, a imposição de um “salário suficiente para viver” pode apenas acelerar o ritmo no qual os robôs assumem todo o trabalho. Ainda assim, outros economistas sugerem que a inovação de Harvard merece uma chance. 
 
 
As informações e opiniões formadas neste blog são de responsabilidade única do autor.
 
Autor: Eduardo Porter / The New York Times
 
 
Fonte: Blog do Caderno de Emprego & Carreiras do jornal O Estado de S. Paulo

Últimas de Imprensa

Todas de Imprensa
Viva o 1º de Maio de lutas e conquistas
Força 3 MAI 2024

Viva o 1º de Maio de lutas e conquistas

Força-RS mobiliza sindicatos em solidariedade às vítimas das enchentes no Estado
Força 3 MAI 2024

Força-RS mobiliza sindicatos em solidariedade às vítimas das enchentes no Estado

Assembleia dará largada à campanha salarial dos frentistas do estado do Rio
Força 3 MAI 2024

Assembleia dará largada à campanha salarial dos frentistas do estado do Rio

SinSaudeSP apresenta Delegacia Sindical de Saúde
Força 3 MAI 2024

SinSaudeSP apresenta Delegacia Sindical de Saúde

Vídeos 3 MAI 2024

Rotas de Integração Sul-Americana serão importantes para crescimento econômico do País

Simone Tebet: Rotas de Integração Sul-Americana vão fortalecer industrial nacional
Força 2 MAI 2024

Simone Tebet: Rotas de Integração Sul-Americana vão fortalecer industrial nacional

Veja fotos do 1º de Maio Unitário 2024
Força 2 MAI 2024

Veja fotos do 1º de Maio Unitário 2024

Presidente do Sindnapi pede atenção do governo às perdas dos aposentados
Força 2 MAI 2024

Presidente do Sindnapi pede atenção do governo às perdas dos aposentados

Frentistas participam do 1º de Maio em Madureira e categoria é homenageada
Força 2 MAI 2024

Frentistas participam do 1º de Maio em Madureira e categoria é homenageada

1º de Maio; por João Guilherme
Artigos 2 MAI 2024

1º de Maio; por João Guilherme

1º de maio reforça unidade das centrais sindicais
Força 2 MAI 2024

1º de maio reforça unidade das centrais sindicais

Milhares de trabalhadores participaram do 1º de Maio das centrais em SP
Força 1 MAI 2024

Milhares de trabalhadores participaram do 1º de Maio das centrais em SP

1º de Maio reforça luta por democracia e direitos
Força 1 MAI 2024

1º de Maio reforça luta por democracia e direitos

Desemprego no primeiro trimestre sobe para 7,9%, revela IBGE
Força 30 ABR 2024

Desemprego no primeiro trimestre sobe para 7,9%, revela IBGE

Dia 1º de Maio tem a 25ª Metalfest
Força 30 ABR 2024

Dia 1º de Maio tem a 25ª Metalfest

Dirigentes das Centrais vão ao palco do 1º de Maio
Força 30 ABR 2024

Dirigentes das Centrais vão ao palco do 1º de Maio

1º de Maio em outros locais
Força 30 ABR 2024

1º de Maio em outros locais

Fortalecimento do movimento sindical é caminho para frear judicialização na Justiça do Trabalho
Força 30 ABR 2024

Fortalecimento do movimento sindical é caminho para frear judicialização na Justiça do Trabalho

Câmara de Vila Velha homenageia diretor do Sindnapi
Força 29 ABR 2024

Câmara de Vila Velha homenageia diretor do Sindnapi

CNJ debate fortalecimento das negociações coletivas
Força 29 ABR 2024

CNJ debate fortalecimento das negociações coletivas

Ato e Canto pela Vida: memória das vítimas de acidentes e doenças no trabalho
Força 29 ABR 2024

Ato e Canto pela Vida: memória das vítimas de acidentes e doenças no trabalho

Domésticas: Informalidade aumentou após pandemia
Imprensa 29 ABR 2024

Domésticas: Informalidade aumentou após pandemia

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians
Força 29 ABR 2024

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians

Vídeos 29 ABR 2024

Fortalecimento das negociações coletivas ajuda a diminuir judicialização

Entidades representativas dos aposentados lançam Moção de Apoio às medidas do INSS
Força 26 ABR 2024

Entidades representativas dos aposentados lançam Moção de Apoio às medidas do INSS

Trabalhador pode registrar acidente sem comunicação da empresa
Força 26 ABR 2024

Trabalhador pode registrar acidente sem comunicação da empresa

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical
Imagem do dia 25 ABR 2024

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical

Coopernapi terá tabela de juros do consignado a partir de 2 de maio
Força 25 ABR 2024

Coopernapi terá tabela de juros do consignado a partir de 2 de maio

Não ao assédio moral
Artigos 25 ABR 2024

Não ao assédio moral

Vida que segue
Artigos 25 ABR 2024

Vida que segue

Aguarde! Carregando mais artigos...