Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
25 ABR 2024

Imagem do dia

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical 8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Imprensa

Papel de sindicatos em mobilizações e negociações ganha relevância com mudanças propostas por governo

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Imprensa

Papel de sindicatos em mobilizações e negociações ganha relevância com mudanças propostas por governo

 O Globo_ Se aprovada, a minirreforma trabalhista apresentada ontem pelo governo deve tornar mais importante o papel dos sindicatos na negociação entre trabalhadores e empregadores. Segundo economistas e advogados, o projeto de lei viabiliza que as partes fechem acordos, sem a insegurança de ter o contrato contestado pela Justiça. Mas eles destacam que há um risco de desequilíbrio das relações de trabalho, principalmente em momentos de recessão econômica, como o atual.

Especialista em relações do trabalho, o sociólogo e professor da USP José Pastore acredita que as mudanças ajudam a equiparar as regras brasileiras àquelas adotadas em outros países. Segundo ele, já há casos em que sindicatos e empregadores tentam estabelecer acordos diretamente, sem necessariamente seguir a CLT, mas encontram barreiras em uma legislação rígida.

— É uma mudança de filosofia que está se implantando no Brasil na área trabalhista. O país passa a participar do planeta. No mundo inteiro, as partes têm liberdade para negociar, e o que elas negociam vale como se fosse lei. Aqui no Brasil, isso já vale para várias áreas. Se você vai alugar um carro, comprar uma casa, assina-se o contrato e ele vale no dia seguinte. Nas relações de trabalho, as partes negociam, assinam o acordo e no dia seguinte a Justiça vem e anula — critica.

FALTOU A TERCEIRIZAÇÃO O economista admite que é possível que, em cenários de crise, os trabalhadores sejam obrigados a ceder mais nas negociações. Mas pondera que esse desequilíbrio na relação pode ser ajustado em futuros acordos.

— Se por acaso, por causa da conjuntura, as partes acharem que têm de entrar num regime de concessões, isso não é para o resto da vida. É enquanto durarem os acordos. Se as partes acharem que fizeram bobagem, não renovam — observa.

Hélio Zylberstajn, professor de Economia e Relações do Trabalho da USP, destaca como ponto positivo a permissão para que os sindicatos tenham representantes dentro das empresas, o que pode aumentar a capacidade de negociação entre as partes. Ele alerta, no entanto, para a baixa representatividade das entidades perante suas categorias:

— Um problema é não ter nenhum requisito de representatividade do sindicato. Acho que precisaria ter um critério, que eles tivessem como sócios metade mais um dos trabalhadores que representam.

O advogado Luiz Marcelo Góis, sócio da área trabalhista do BMA — Barbosa, Müssnich, Aragão, concorda. Ele defende a possibilidade de que mais sindicatos disputem trabalhadores, o que hoje não ocorre:

— O que a gente está fazendo é metade do caminho. A outra metade é extinguir a unicidade sindical. Vamos ter ainda problema de representatividade.

Pastore, no entanto, sentiu falta de um item:

— Uma coisa que falta ser resolvida é a terceirização, que está encantada no Congresso. O Supremo está dando sinais positivos, mas o Poder Legislativo precisa avançar nessa questão.

Empresários elogiaram a proposta. O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, disse em nota que a minirreforma traz mudanças importantes e positivas. Para ele, com pequenos ajustes, essas mudanças irão aumentar a oferta de emprego, por meio da negociação entre sindicatos e empresas, permitindo adaptar as condições de trabalho às características específicas dos diferentes setores da economia. “Essa iniciativa fortalece os sindicatos, que agora terão mais instrumentos para promover os interesses do emprego e dos trabalhadores”, afirmou Setubal.

Já a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), afirmou, também em nota, que a proposta, “ao permitir a adequação das jornadas à produção, contribui para a preservação de empregos e o aumento da competitividade das empresas”.
Entre os sindicatos, o projeto dividiu opiniões. De oposição ao governo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) classificou as medidas como ineficazes, inoportunas, autoritárias e “que não resolvem o problema do Brasil”. Em nota, diz que os principais problemas do país hoje são a estagnação econômica, a crise da indústria e o desemprego. Para a CUT, a minirreforma é inoportuna, porque está fora da realidade, e o fato de ter sido anunciada às vésperas do Natal, “demonstra a falta de compromisso” com a classe trabalhadora.

A entidade também criticou a falta de debate: “Ao contrário do que disse o governo Temer, não é verdade que a CUT foi chamada em algum momento para negociar mudanças na legislação trabalhista”, afirmou.

Já o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (Solidariedade), que integra a base do governo Michel Temer, elogiou a maior parte das medidas. Para ele, a reforma facilita as negociações entre patrões e empregados, dando força a ambas as partes.

— No geral, a maior parte das medidas é positiva — afirmou Paulinho da Força.

Ele destacou a possibilidade de negociar a jornada de trabalho e de se trabalhar um dia a menos, mantido o limite de 44 horas semanais. O parlamentar citou ainda a permissão para flexibilizar o horário de almoço, que hoje é de uma hora. Pela proposta do governo, esse tempo poderia ser diferente, desde que fosse de, no mínimo, 30 minutos.

— Para quem trabalha em horários de turno de revezamento, o intervalo era de uma hora, e os empregados trabalhavam de segunda a sábado. Com a possibilidade de reduzir o intervalo, o trabalhador poderá trabalhar um sábado sim, outro não. Já tínhamos negociado a redução do intervalo, mas a Justiça sempre barrava, exigindo mínimo de uma hora. Agora isso muda, para melhor — disse.

Últimas de Imprensa

Todas de Imprensa
Milhares de trabalhadores participaram do 1º de Maio das centrais em SP
Força 1 MAI 2024

Milhares de trabalhadores participaram do 1º de Maio das centrais em SP

1º de Maio reforça luta por democracia e direitos
Força 1 MAI 2024

1º de Maio reforça luta por democracia e direitos

Desemprego no primeiro trimestre sobe para 7,9%, revela IBGE
Força 30 ABR 2024

Desemprego no primeiro trimestre sobe para 7,9%, revela IBGE

Força 30 ABR 2024

Dia 1º de Maio tem a 25ª Metalfest

Dirigentes das Centrais vão ao palco do 1º de Maio
Força 30 ABR 2024

Dirigentes das Centrais vão ao palco do 1º de Maio

1º de Maio em outros locais
Força 30 ABR 2024

1º de Maio em outros locais

Fortalecimento do movimento sindical é caminho para frear judicialização na Justiça do Trabalho
Força 30 ABR 2024

Fortalecimento do movimento sindical é caminho para frear judicialização na Justiça do Trabalho

Câmara de Vila Velha homenageia diretor do Sindnapi
Força 29 ABR 2024

Câmara de Vila Velha homenageia diretor do Sindnapi

CNJ debate fortalecimento das negociações coletivas
Força 29 ABR 2024

CNJ debate fortalecimento das negociações coletivas

Ato e Canto pela Vida: memória das vítimas de acidentes e doenças no trabalho
Força 29 ABR 2024

Ato e Canto pela Vida: memória das vítimas de acidentes e doenças no trabalho

Domésticas: Informalidade aumentou após pandemia
Imprensa 29 ABR 2024

Domésticas: Informalidade aumentou após pandemia

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians
Força 29 ABR 2024

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians

Vídeos 29 ABR 2024

Fortalecimento das negociações coletivas ajuda a diminuir judicialização

Entidades representativas dos aposentados lançam Moção de Apoio às medidas do INSS
Força 26 ABR 2024

Entidades representativas dos aposentados lançam Moção de Apoio às medidas do INSS

Trabalhador pode registrar acidente sem comunicação da empresa
Força 26 ABR 2024

Trabalhador pode registrar acidente sem comunicação da empresa

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical
Imagem do dia 25 ABR 2024

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical

Coopernapi terá tabela de juros do consignado a partir de 2 de maio
Força 25 ABR 2024

Coopernapi terá tabela de juros do consignado a partir de 2 de maio

Não ao assédio moral
Artigos 25 ABR 2024

Não ao assédio moral

Vida que segue
Artigos 25 ABR 2024

Vida que segue

Sindicalistas cearenses debatem fortalecimento do movimento sindical
Força 25 ABR 2024

Sindicalistas cearenses debatem fortalecimento do movimento sindical

Sindmetana inicia campanha salarial com trabalhadores da Caoa em Anápolis
Força 25 ABR 2024

Sindmetana inicia campanha salarial com trabalhadores da Caoa em Anápolis

Aplicação da NR-12 na saúde e segurança dos trabalhadores em debate
Força 25 ABR 2024

Aplicação da NR-12 na saúde e segurança dos trabalhadores em debate

Sindnapi participa da 16ª edição da Rio Artes
Força 24 ABR 2024

Sindnapi participa da 16ª edição da Rio Artes

Ato e Canto pela Vida, Praça Vladimir Herzog, domingo 28 de Abril, 11h
Força 24 ABR 2024

Ato e Canto pela Vida, Praça Vladimir Herzog, domingo 28 de Abril, 11h

Trabalhadores querem mais atenção ao calendário agrícola
Força 24 ABR 2024

Trabalhadores querem mais atenção ao calendário agrícola

Parabéns Fequimfar pelos 66 anos de lutas e conquistas
Força 24 ABR 2024

Parabéns Fequimfar pelos 66 anos de lutas e conquistas

FEQUIMFAR comemora 66 anos
Artigos 24 ABR 2024

FEQUIMFAR comemora 66 anos

Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?
Palavra do Presidente 24 ABR 2024

Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?

Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não chegaram a acordo
Força 23 ABR 2024

Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não chegaram a acordo

Metalúrgicos da Força debatem Nova Indústria Brasil
Força 23 ABR 2024

Metalúrgicos da Força debatem Nova Indústria Brasil

Aguarde! Carregando mais artigos...