Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
25 ABR 2024

Imagem do dia

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical 8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Imprensa

Queda da massa salarial já supera crise de 2003

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Imprensa

Queda da massa salarial já supera crise de 2003

A combinação entre inflação alta, demissões e queda no salário provocou uma retração muito rápida e de proporção inédita na renda disponível para o consumo. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a massa salarial real habitual (sem o décimo-terceiro salário) diminuiu 10% entre novembro do ano passado, pico dos últimos anos, e maio deste ano. Na crise de 2003, um recuo dessa proporção foi atingido após oito meses de deterioração do mercado de trabalho. Na crise de 2009, apesar da recessão, não houve queda de massa salarial nessa magnitude.

Esse recuo é influenciado pela sazonalidade da ocupação, pois novembro é um mês tradicionalmente mais forte em função dos empregos criados para o fim do ano. Para "corrigir" esse efeito, o Departamento Econômico do Bradesco ajusta a ocupação e recalcula a massa de rendimentos. E essa série também sugere que o recuo de agora é o pior da série do IBGE, iniciada em 2003.

Nas contas do Bradesco, feitas a pedido do Valor, a comparação de maio contra novembro (em dados anualizados) aponta uma baixa nominal da massa salarial de 4,7%. Nessa série, a maior e única queda anterior (sempre olhando um recorte de seis meses) foi de 2,8% entre abril e outubro de 2003.

Na comparação anual (mês contra igual mês do ano anterior), a série original com ajuste sazonal do Bradesco mostra que apenas em 2015 a massa salarial real passou a ter queda, e em maio a retração chegou a 4,7%. Igor Velecico, economista do banco, considera essa a melhor comparação para o conjunto de rendimentos, mas só usa os valores de salários a partir de 2004, pois considera (junto com outros economistas) que o dado de rendimento da PME ficou mais firme e confiável após aquele ano.

Velecico pondera que a massa salarial ajustada permite entender melhor o que sua queda realmente representa para a expectativa de consumo e atividade. "Os efeitos da contração do mercado de trabalho sobre o consumo ainda estão subestimados", diz ele, avaliando que parte expressiva dessa baixa forte e rápida da massa salarial ainda vai aparecer sobre a economia. Em parte, esses efeitos já estiveram presentes no segundo trimestre, afirma. Nas contas do Bradesco, o consumo das famílias mostrará uma queda de 2% no segundo trimestre frente ao primeiro, dentro das contas do Produto Interno Bruto (PIB).

A queda na massa salarial decorre da mistura de aceleração da inflação, diminuição da ocupação e recuo da renda. O rendimento médio acumula perda de 7,8% na comparação entre novembro de 2015 e maio passado. Comparando a maio de 2014, a baixa real é de 5%, o que já indica um salário médio crescendo abaixo da inflação dos últimos seis meses. Sem descontar a inflação, a variação é diferente: queda de 1,4% sobre novembro e alta de 3,5% sobre maio passado.

Velecico tem olhado mais para o comportamento do salário nominal, sem descontar a inflação. "É ele que precisa variar abaixo da inflação para indicar que a indexação está sendo quebrada", pondera o economista do Bradesco. "Se ele voltar a variar na casa de 8%, a inflação não cai", diz.

Fabio Silveira, economista da GO Associados, começou 2015 projetando que o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) seria negativo em pouco mais de 300 mil empregos este ano. Hoje, sua projeção já é de perda de 900 mil postos de trabalho de janeiro a dezembro. Ele observa que a crise chegou a todos os setores. Ela começou na indústria em 2013, mas varejo e serviços resistiam por uma série de motivos, incentivos ao consumo entre eles.

"No início do ano, ainda havia a expectativa entre alguns setores de que a economia poderia melhorar no segundo trimestre, mas já estava escrito que o PIB seria recessivo", diz Silveira. "Ao longo do segundo trimestre, quem confiava em uma retomada no médio prazo se convenceu de que a crise será mais longa."

Essa mudança de percepção, afirma Silveira, explica em parte o ajuste rápido e intenso observado nos últimos meses nos indicadores do mercado de trabalho. Empresas que começaram dando férias coletivas e usando o instrumento de afastamento temporário, hoje já demitem. "Alguns demoraram a entender a lógica da crise. Ela nunca foi de curto prazo", pondera.

A queda na massa salarial prejudica diretamente o orçamento das famílias no momento em que elas já estão endividadas, observa Guilherme Dietze, assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A entidade mantém pesquisas de endividamento e intenção de consumo e todas elas também mostram uma deterioração expressiva. A parcela de famílias endividadas passou de 39,3% em janeiro para 55,1% em maio, um movimento muito mais intenso que o que costuma ocorrer nesse período.

Além disso, em junho, a intenção de consumo das famílias voltou a recuar e ficou 26% abaixo do índice registrado em junho do ano passado. E, pela primeira vez desde 2000, quando a pesquisa começou a ser feita, os indicadores que avaliam renda atual (97,7 pontos) e acesso ao crédito entraram na zona de insatisfação. "Pela primeira vez, as famílias avaliaram que sua renda está pior do que há um ano", explica Dietze.

O assessor da FecomercioSP prevê que a demanda ainda ficará contraída por muito tempo. "Tudo está pior: a confiança, o desemprego, a renda, a inflação e os juros", lista ele, acrescentando que as pessoas têm tirado recursos da poupança para pagar dívidas ou sustentar despesas. "A captação líquida da poupança caiu R$ 41 bilhões neste ano até o dia 23 de junho. Isso é 71% maior do que tudo que foi poupado no ano passado", diz,

Na avaliação dos economistas, o quadro de piora brusca do mercado de trabalho, associado aos demais componentes do cenário macroeconômico, como a política monetária apertada, o ajuste fiscal, os efeitos políticos e econômicos da Operação Lava-Jato, fará com que o desemprego aumente ainda em 2016 e a renda continue contraída.

No cenário do Bradesco, o desemprego chega a 6,8% na média deste ano e a 8,2% na média de 2016, previsão que pode subir. Em algum momento de 2016, diz Velecico, a taxa mensal deve passar de 10%, reforçando a queda do consumo. "Quanto maior a retração do consumo, mais a inflação vai ceder", diz. Nas projeções do Bradesco, o IPCA encerra 2015 em 8,8% e recua para 5,2% em 2016, com a inflação de serviços passando de 7,7% em 2015 (já abaixo dos 8,33% de 2014) para 6,3%.

Fonte: Valor Econômico

Últimas de Imprensa

Todas de Imprensa
Milhares de trabalhadores participaram do 1º de Maio das centrais em SP
Força 1 MAI 2024

Milhares de trabalhadores participaram do 1º de Maio das centrais em SP

1º de Maio reforça luta por democracia e direitos
Força 1 MAI 2024

1º de Maio reforça luta por democracia e direitos

Desemprego no primeiro trimestre sobe para 7,9%, revela IBGE
Força 30 ABR 2024

Desemprego no primeiro trimestre sobe para 7,9%, revela IBGE

Força 30 ABR 2024

Dia 1º de Maio tem a 25ª Metalfest

Dirigentes das Centrais vão ao palco do 1º de Maio
Força 30 ABR 2024

Dirigentes das Centrais vão ao palco do 1º de Maio

1º de Maio em outros locais
Força 30 ABR 2024

1º de Maio em outros locais

Fortalecimento do movimento sindical é caminho para frear judicialização na Justiça do Trabalho
Força 30 ABR 2024

Fortalecimento do movimento sindical é caminho para frear judicialização na Justiça do Trabalho

Câmara de Vila Velha homenageia diretor do Sindnapi
Força 29 ABR 2024

Câmara de Vila Velha homenageia diretor do Sindnapi

CNJ debate fortalecimento das negociações coletivas
Força 29 ABR 2024

CNJ debate fortalecimento das negociações coletivas

Ato e Canto pela Vida: memória das vítimas de acidentes e doenças no trabalho
Força 29 ABR 2024

Ato e Canto pela Vida: memória das vítimas de acidentes e doenças no trabalho

Domésticas: Informalidade aumentou após pandemia
Imprensa 29 ABR 2024

Domésticas: Informalidade aumentou após pandemia

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians
Força 29 ABR 2024

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians

Vídeos 29 ABR 2024

Fortalecimento das negociações coletivas ajuda a diminuir judicialização

Entidades representativas dos aposentados lançam Moção de Apoio às medidas do INSS
Força 26 ABR 2024

Entidades representativas dos aposentados lançam Moção de Apoio às medidas do INSS

Trabalhador pode registrar acidente sem comunicação da empresa
Força 26 ABR 2024

Trabalhador pode registrar acidente sem comunicação da empresa

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical
Imagem do dia 25 ABR 2024

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical

Coopernapi terá tabela de juros do consignado a partir de 2 de maio
Força 25 ABR 2024

Coopernapi terá tabela de juros do consignado a partir de 2 de maio

Não ao assédio moral
Artigos 25 ABR 2024

Não ao assédio moral

Vida que segue
Artigos 25 ABR 2024

Vida que segue

Sindicalistas cearenses debatem fortalecimento do movimento sindical
Força 25 ABR 2024

Sindicalistas cearenses debatem fortalecimento do movimento sindical

Sindmetana inicia campanha salarial com trabalhadores da Caoa em Anápolis
Força 25 ABR 2024

Sindmetana inicia campanha salarial com trabalhadores da Caoa em Anápolis

Aplicação da NR-12 na saúde e segurança dos trabalhadores em debate
Força 25 ABR 2024

Aplicação da NR-12 na saúde e segurança dos trabalhadores em debate

Sindnapi participa da 16ª edição da Rio Artes
Força 24 ABR 2024

Sindnapi participa da 16ª edição da Rio Artes

Ato e Canto pela Vida, Praça Vladimir Herzog, domingo 28 de Abril, 11h
Força 24 ABR 2024

Ato e Canto pela Vida, Praça Vladimir Herzog, domingo 28 de Abril, 11h

Trabalhadores querem mais atenção ao calendário agrícola
Força 24 ABR 2024

Trabalhadores querem mais atenção ao calendário agrícola

Parabéns Fequimfar pelos 66 anos de lutas e conquistas
Força 24 ABR 2024

Parabéns Fequimfar pelos 66 anos de lutas e conquistas

FEQUIMFAR comemora 66 anos
Artigos 24 ABR 2024

FEQUIMFAR comemora 66 anos

Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?
Palavra do Presidente 24 ABR 2024

Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?

Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não chegaram a acordo
Força 23 ABR 2024

Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não chegaram a acordo

Metalúrgicos da Força debatem Nova Indústria Brasil
Força 23 ABR 2024

Metalúrgicos da Força debatem Nova Indústria Brasil

Aguarde! Carregando mais artigos...