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São Paulo (SP): Inflação em alta preocupa a China
quarta-feira, 15 de junho de 2011
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A inflação anual da China atingiu em maio 5,5%, o nível mais elevado em quase três anos, movida em boa parte pelo maior custo dos alimentos. Em reação imediata, o governo elevou o depósito compulsório dos bancos, o retira dinheiro do mercado e, assim, inibe o crédito. Mas, mesmo assim, analistas esperam que a inflação atinja 6% em junho.
‘As pressões inflacionárias permanecem fortes’, admitiu Sheng Laiyun, porta-voz do Departamento Nacional de Estatísticas. ‘Ainda há um longo caminho a percorrer’ para conter os preços, complementou Shen Jianguang, economista-chefe da Mizuho Securities para a China continental e ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional. ‘Precisamos ver uma desaceleração na economia.’
De acordo, com o Departamento Nacional de Estatísticas, o principal fator para esse resultado foi o salto de 11,7% no preço dos alimentos. Além disso, também uma seca severa na região do rio Yang-tsé, com intensa produção agrícola, contribui para a inflação. Mas, mesmo sem se levar em conta os preços dos alimentos, a inflação em maio foi de 2,9%, o nível mais alto desde 2002 – um sinal de que as pressões inflacionárias estão se espalhando pela economia.
Com o novo aumento do depósito compulsório – o nono desde outubro -, os bancos chineses agora terão que imobilizar 21,5% dos seus depósitos, um nível nunca antes exigido. Segundo analistas, a medida deve retirar 380 bilhões de yuans (US$ 60 bilhões) do sistema bancário.
O banco central chinês também elevou as taxas de juros quatro vezes desde outubro para tentar manter a inflação dentro da meta de 4% para este ano. Com a média da inflação nos cinco primeiros meses do ano já em 5,2%, muitos analistas duvidam que esse objetivo possa ser atingido. A maioria dos economistas acredita que neste mês a taxa chegará a 6%.
Para o investidor George Soros, a China desperdiçou a chance de domar a inflação e agora corre o risco de sofrer uma ‘aterrissagem violenta’. Em conferência em Oslo, Soros disse que há ‘um pouco de bolha’ na economia chinesa e que existem sinais de que o governo está ‘perdendo o controle’.
Também foram divulgados ontem dados sobre a produção industrial do país em maio. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a produção teve um crescimento de 13,3%, o menor ritmo de expansão desde novembro.
Com Agências internacionais