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Palavra do Presidente
Congresso não está com os trabalhadores
quinta-feira, 23 de maio de 2013
MIGUEL TORRES
Nas votações de projetos de interesse do trabalhador, os parlamentares sempre encontram um motivo para votar contra. É lamentável que eles mantenham uma posição servil diante do Executivo, ao invés de lutarem para manter a independência entre os Poderes.
O caso dos portuários comprova isso tudo. Os representantes do governo no Legislativo haviam prometido apreciar a MP dos Portos sem mexer nos direitos trabalhistas. Sob pressão, recuaram e deram as costas para os empregados.
A categoria tinha a garantia de que o Ogmo, responsável pela intermediação da mão de obra nos portos públicos, seria estendido aos terminais privados. Infelizmente, isto não ocorreu.
No episódio, o governo e sua bancada de sustentação no Congresso mostraram seu caráter de classe, privilegiando os patrões e mantendo os trabalhadores a pão e água.
Mas as maldades dos parlamentares não têm limites. Dias atrás, por exemplo, decidiram manter em R$ 6 mil o limite de isenção de Imposto de Renda na PLR, conforme proposto pelo governo por meio de medida provisória. A tendência agora é o Senado confirmar a decisão da Câmara.
Na votação, os deputados da oposição tentaram elevar a isenção até R$ 12 mil. O primeiro destaque, porém, que elevava para R$ 9 mil foi derrotado por 272 votos a 87. O segundo foi votado de forma simbólica.
A liderança do governo alegou que renúncia fiscal tem limites ao destacar que o projeto aprovado “privilegia” mais de 60% dos trabalhadores. Quando tem projeto beneficiando o trabalhador todo mundo encontra motivo para votar contra. É lamentável que os parlamentares continuem fazendo só aquilo que o governo quer.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical