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Paulo Pereira da Silva
Trabalhador vai às ruas contra a crise e o desemprego
segunda-feira, 2 de março de 2009
Paulo Pereira da Silva
Liderados pelas centrais sindicais, os trabalhadores realizaram dia 30 passado protestos contra a crise financeira e o desemprego que reuniu perto de 100 mil pessoas em 18 Estados e no Distrito Federal.
Apesar das divergências históricas do movimento sindical brasileiro e entre as cerca de 20 entidades sociais e estudantis que participaram dos eventos, prevaleceu a unidade, a organização e a vontade de lutar por um Brasil melhor, com produção, emprego e distribuição de renda e de terra.
Diante da pressão dos trabalhadores, o governo anunciou no dia das manifestações uma série de medidas para reativar a economia e impedir as dispensas de trabalhadores.
Na verdade, o pacote fiscal nada mais é do que parte da pauta das centrais sindicais elaborada no início da crise em outubro passado, que propugnava a redução e corte de impostos.
A redução de impostos para motos e itens da construção civil, além da prorrogação do corte do IPI para as montadoras de veículos, foram iniciativas acertadas. A cadeia produtiva do setor automotivo é a principal do país e investimento na construção civil gera muito emprego.
Foi uma vitória dos trabalhadores porque o corte do IPI vem acompanhado da promessa de garantia de emprego na indústria. É bom ressaltar que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, era contra a garantia de emprego.
Agora, os trabalhadores terão de fiscalizar as empresas para denunciar eventuais cortes de pessoal. Porém a medida é positiva porque sinaliza para os demais setores da economia que manter os postos de trabalho produz um impacto positivo sobre o consumo.
Além disso, a renúncia fiscal abre a possibilidade de realização de outros acordos. Tanto que sindicatos já estão conversando com os setores de carnes e máquinas a fim de levar ao governo propostas de ajuda fiscal para manter postos de trabalho.
O mesmo deverá ocorrer com o setor de calçados e com as companhias do agronegócio. Temos que manter a unidade e a mobilização para pressionar o governo a estender o corte ou redução de impostos para todos os setores que foram muito atingidos pela crise econômica.
Precisamos ainda voltar a pressionar o Congresso para a aprovação da Convenção 158 da OIT, que impede a demissão imotivada.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical