Em reunião ocorrida na tarde desta quarta-feira (03), na Sede do Sindisaúde, dirigentes de mais de 40 sindicatos, das centrais sindicais como CUT, Força Sindical, UGT e Intersindical, além de lideranças partidárias do PT, PSB, Solidariedade e Avante, se integraram junto ao SINSEJ na luta contra a terceirização da gestão da saúde pública para as Organizações Sociais (OS).
“Todas as famílias dos trabalhadores joinvilenses estão sendo afetadas pelo caos que permeia a saúde pública de Joinville, por isso, a União Sindical vai entrar nesse combate. O prefeito criou dificuldades, para vender facilidades com o intuito de emplacar as OSs”, alfinetou Lorival Pisetta, Presidente do Sindisaúde de Joinville e região.
Jane Becker, Presidenta do Sinsej, encaminhou na reunião com a aprovação de todos, proposta de ação conjunta a ser protocolada na próxima quinta-feira (11/05) no Ministério Público Estadual em defesa urgente do concurso público e contra as OSs, na mesma medida do documento elaborado pelo Conselho Nacional do Ministério Público que posiciona as OSs como um antro de corrupção.
“Joinville está há quase 10 anos sem concurso público. Em 2019 tínhamos 11 mil servidores e hoje são apenas 9 mil. Sem concurso, os servidores não são repostos e isso sobrecarrega os trabalhadores e precariza o atendimento à população. A única saída é o concurso público”, reitera.
O Comitê em defesa do serviço público vai participar das reuniões da Comissão Especial da Saúde e vai apresentar uma lista de pedidos de informação para entender o que está ocorrendo para o desastre na saúde. O Comitê quer saber, por exemplo, frente ao quadro populacional de Joinville, quantos servidores técnicos, administrativos, multidisciplinares (psicólogos, fonodiologos, Terapeutas Ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, etc.), médicos, dentistas e enfermeiros deveriam ter pra garantir um atendimento com 100% na saúde de Joinville e quantos tem na realidade, sejam concursados ou contratados.
Por fim, o Comitê já requereu uma audiência com a secretária da saúde, Tania Eberhardt, e está aguardando. Também vai requerer uma audiência com o prefeito Adriano Silva do Novo.
Não vamos deixar passar em branco nada que venha prejudicar nossa população, temos ações pautadas para discutir principalmente no que se refere a Saúde do Trabalhador. Vamos retomar a vigilância nos acompanhamentos ao CEREST quenao está fazendo o seu papel no Controle Social.