A força motriz da sociedade e da economia de qualquer país reside na capacidade dos seus trabalhadores, que constroem a riqueza da sociedade e sustentam a dinâmica da economia. Os trabalhadores e trabalhadoras são o alicerce da economia e do futuro da nação. Quando a massa salarial de um país que possui mais de 110 milhões de trabalhadores, como o Brasil, se projeta em investimentos para o desenvolvimento do seu povo, ela gera um círculo virtuoso de crescimento econômico e bem-estar social.
Diante deste poder econômico fundamental, a participação cidadã e o voto consciente tornam-se ferramentas indispensáveis para a defesa e a conquista de novos direitos para toda a classe trabalhadora.
Nesse sentido, a luta sindical permanente não se restringe apenas à mesa de negociações por aumentos de salários e conquistas de direitos pontuais. Ela é parte crucial de um projeto de desenvolvimento nacional que busca não apenas o crescimento econômico, mas que possibilitem transformações estruturais favoráveis à superação das desigualdades e à promoção do bem comum.
A união e a ação coletiva são as melhores ferramentas para fazer com que as políticas públicas sejam bem direcionadas, para gerar empregos de qualidade e combater a desigualdade estrutural – e os sindicatos são fundamentais para que isso aconteça.
A desigualdade, em todas as suas formas, é uma injustiça que bloqueia o desenvolvimento e a qualidade de vida da população. Sabemos que as regras em geral favorecem os ricos e os muito ricos, conferindo-lhe poder político e econômico para aumentar ainda mais seu patrimônio e sua influência. Se a máquina de produzir desigualdades continua ativa e poderosa, é nosso dever utilizar a organização coletiva dos trabalhadores e o poder do voto para influenciar políticas que atuem no sentido oposto.
Políticas que valorizem e aumentem o poder de compra do salário mínimo, por exemplo, já demonstraram em anos recentes o potencial do impacto positivo da ação política popular. Pois, ao elevar a base salarial da população, criam oportunidades para os mais pobres e, desta forma, reduzem as desigualdades que afetam sobretudo os negros, as mulheres e os mais jovens, promovendo uma cultura de solidariedade e apoio mútuo.
A ação coletiva traduzida em participação política, portanto, é essencial para garantir que o crescimento econômico seja orientado pelo investimento público. Nesse sentido, os sindicatos têm a responsabilidade de estimular o voto consciente, principal expressão da cidadania.
Eusébio Pinto Neto
Presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro)
Presidente do Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ)





























