Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
A fraude da exatidão
terça-feira, 16 de abril de 2013
Artigos
Nestes dias de tensão que precedem a reunião do COPOM para determinar a taxa SELIC de juros cresce a gritaria dos rentistas interessados em reverter a sua queda continuada e fazê-la subir.
Para “criar o clima” vale tudo. A inflação, medida pelo IPCA mês a mês tem sido cadente em 2013: 0,86% em janeiro, 0,60% em fevereiro e 0,47% em março. Mas anualizada ultrapassou o teto da meta em 0,09 pontos percentuais.
E acontece então um verdadeiro carnaval midiático, para ocultar as quedas, os fenômenos localizados de aumentos e exagerar o risco de descontrole – tudo para aumentar os juros e criar recessão e desemprego; querem pisar no nosso tomate.
É suspeitíssima a exatidão dos números brandidos como argumento; vejam bem, ficam histéricos por 0,09 pontos percentuais em um ano: é menos que 1 dividido por mil.
As centrais unidas preparam, às claras sem o estardalhaço da imprensa, uma manifestação na quarta-feira, dia 17, no Banco Central da Avenida Paulista. Mesmo que convoquemos as sardinhas assadas e os carros de som nossa pressão legítima e justificada pela queda dos juros não disfarça seus propósitos. Queremos a queda e a defendemos com argumentos que nos convencem, convencem a sociedade que quer a continuidade do desenvolvimento e convencem os economistas comprometidos com este objetivo.
Não nos escondemos atrás de argumentos capciosos e de uma falsa e suspeitíssima exatidão; cair é cair, subir é subir, a única outra alternativa é ficar como está.
Por falar em exatidão divulgada pela grande imprensa, diverti-me muito com a tabela publicada pelo jornal O Globo de 9 de abril com o tamanho médio dos pênis de homens em diversos países; o brasileiro ficou em 14º lugar com 16,1 cm.
Neste assunto, convenhamos, qualquer exatidão é mesmo suspeitíssima.
João Guilherme Vargas Neto, assessor sindical