Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
A longevidade do décimo sétimo ano do segundo milênio!
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Artigos
Não há dúvida nenhuma que vai ser longo demais o ano de 2017.
Longo por que os desafios serão muitos.
Longo por que as propostas mudando a rotina do trabalhador causam desassossego ao movimento sindical, formado pelos sindicatos, associações de trabalhadores, federações, confederações e centrais sindicais.
Esse grupo, que não é pequeno, precisa estar em alerta máximo para impedir a derrocada dos legítimos e justos direitos dos trabalhadores.
Vislumbramos nuvens obscuras no horizonte, mas nada que possa nos amedrontar. O momento exige, mais que nunca, pulso firme de todos os atores que atuam em defesa das classes trabalhadoras.
Nossa representatividade no Congresso Nacional é baixa, mas de uma qualidade inquestionável. Lamentavelmente a bancada de defesa dos trabalhadores numericamente não é mais expressiva, também por falta de comprometimento com nomes do movimento sindical, dos próprios trabalhadores. Essa deficiência precisa ser compensada de alguma forma. Ela se chama: luta. A nossa luta.
Não podemos baixar guarda. O movimento sindical não pode enfraquecer, sob pena de torna-se irrelevante, permitindo que o capital tome conta das rédeas mudando, a seu bel prazer, o que quer. Isso causaria estragos sem precedentes.
O momento é de extrema preocupação. Exige unidade nas atitudes e muita determinação nas ações. As tentativas de querer fragilizar a organização sindical e, em consequência, promover a queda do sagrado e irretocável direito daqueles que produzem, precisam ser contra atacadas e combatidas com rigor.
Os projetos em cursos propondo reformas (entre elas e trabalhista, previdenciária e terceirização da mão de obra) atingem mortalmente o sindicalismo e os trabalhadores. Não podem ser aprovadas de jeito nenhum. Admitimos sim mudanças, desde que sejam coerentes e viáveis também à governabilidade nacional. Não podem, no entanto, causar rombos a já abalada vida dos trabalhadores. As reformas devem ser harmônicas e transformar para melhor. Não para massacrar. Este contexto e sentido de prosperidade e desenvolvimento conjunto é o correto.
Estamos enfrentando e vamos encontrar ainda, muitos desafios até o final da jornada, que haverá ser vitoriosa.
Defendemos e queremos admissibilidade governamental e o intenso desenvolvimento do país. Porém, impossível permitir que isso seja feito com mais sacrifício dos trabalhadores.
Ao longo da história já nos deparamos com criticas situações que foram debeladas. Não será agora que vamos perde o ânimo. São as adversidades e as provocações que nos fortificam.
Não se desconhece que a indústria nacional precisa ser competitiva para disputar mercados externos, nem que há exigência de alto consumo interno. Nada, entretanto, se conseguirá, sem investimentos, com desemprego e salário anêmico.
Os trabalhadores e o movimento sindical sangram diante do número de desempregados que já ultrapassa a barreira dos 12,3 milhões de pessoas em busca de um ofício, sangram diante dos atos de corrupção que causam náuseas, sangram diante da falta de medidas ao aquecimento da economia, sangram diante da insensatez e da desordem que fere o desempenho econômico e o sustentável crescimento da nação.
Não podemos ser tolerantes!
Vamos mostrar que somos capazes e materializar nova, alastrante, firme, robusta, eficaz, gigantesca luta em busca da soberania nacional sim, e da manutenção de todos os direitos das categorias profissionais.
Portanto, mãos a obra nobres companheiros, lideres sindicais de todas as matizes comprometidos com as classes trabalhadoras, alicerce da nação!
Por Miguel Padilha
– Presidente da FETIAESC (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Alimentação de Santa Catarina)
– Secretário da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins) para a Região Sul do País