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A reforma da previdência que precisamos
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
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A Central Força Sindical foi fundada, em 08/03/1991, sob a égide das mudanças, após o retorno à normalidade democrática e a criação de duas centrais sindicais no Brasil.
Sua proposta veio de debates com vários setores da sociedade e intelectuais, sobre a necessidade do país voltar a crescer e desenvolver-se, dentro do modelo capitalista existente, mas de forma sustentável, com distribuição de riqueza, o componente social valorizado e a força de trabalho sendo reconhecida como a propulsora e beneficiária desse desenvolvimento.
O livro “Um Projeto para o Brasil – A Proposta da Força Sindical” (Editora Geração Editorial, São Paulo/SP, 1993) resumia as idéias dessas mudanças necessárias ao país. Nele, a Força Sindical expressou como uma grande preocupação a reforma do sistema de Previdência Social e fez algumas propostas que iam no sentido de acabar com o privilégio de algumas categorias (servidores e militares, principalmente) para que houvesse uma melhor distribuição para os trabalhadores em regime da CLT e os desassistidos em geral.
Em todo esse tempo, micro-reformas vem sendo feitas em todos os governos, de Collor a Temer, sem escapar nenhum e o movimento sindical segue reativo, na defensiva, impulsionado pelos setores que são atingidos a cada uma das reformas, sem que apresente uma proposta abrangente, de longo prazo, que ao mesmo tempo em que viabilize a atual Previdência Social, com sistema de repartição, solidariedade de gerações e contribuição tripartida, promova as necessárias mudanças para torná-la sustentável no tempo.
O Governo apresentará em breve uma proposta ao Congresso Nacional, fruto da discussão com empresários e técnicos dessa área, dentro e fora da administração pública, e mais uma vez temos a oportunidade de apresentar a proposta do movimento sindical para o modelo de Seguridade Social que queremos, incluindo, além da Previdência, a Saúde e a Assistência Social, não apenas para o Governo, que demonstrou pouco interesse em ouvir os trabalhadores através de seus sindicatos, mas principalmente no Congresso Nacional, palco onde a batalha dos interesses será travada.
Temos acúmulo de discussão nessa área. Entidades que podem auxiliar–nos tecnicamente na elaboração das propostas. Algumas centrais já fizeram seminários e definiram as linhas principais a serem apresentadas. Falta só sentar e amarrar os pontos entre todas as centrais sindicais (ou pelo menos a maioria). Os trabalhadores não perderão sua referência nas centrais e nos sindicatos se estes continuarem a representar seus legítimos interesses e anseios, de forma realista e efetiva.
A bola está conosco. Vamos jogar ou chutar pra fora do campo?
Ruth Coelho Monteiro
Secretária de Cidadania e Direitos Humanos da Força SIndical