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Água mole em pedra dura
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
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É preciso insistir e continuar insistindo em uma verdade que merece ser afirmada: para o desenvolvimento brasileiro o aumento de salários não é problema, é solução.
Isso nós provamos nos anos recentes de crescimento econômico com democracia, sustentabilidade e distribuição de renda e confirmamos em 2009 quando enfrentamos e vencemos a crise do papelório norte-americano.
Então, porque os rentistas e os fiscalistas insistem em impedir o aumento real do salário mínimo? Eles o fazem por motivos egoístas (não querem dividir o bolo) e também porque raciocinam comandados pelos baixos instintos do período de crescimento pífio, subordinação ao neoliberalismo e desorientação econômica. Não querem dar o braço a torcer e preferem brincar de indexação.
É verdade que o consumo das famílias brasileiras tem impulsionado o crescimento do PIB; é verdade que temos capacidade de produção interna e mercado mundial (apesar do câmbio valorizado); é verdade que os ganhos salariais não pressionam a inflação (basta comparar com o aumento dos preços das commodities e com a taxa de produtividade) e é verdade que, para a massa de salário, de cada 1 real a mais, 42 centavos são transferidos para os governos (federal, estaduais e municipais) sob a forma de impostos.
Tudo isto é sabido, mas persiste a “maldade restritiva” que contamina os gestores, a mídia, os demagogos, os desorientados e a oposição.
Os brasileiros, pelo voto de milhões, escolhemos um rumo afirmativo para as ações governamentais. É preciso que este rumo se confirme já, corrigidas as vacilações, com o reajuste do salário mínimo para R$ 580 como exigem as centrais sindicais unidas e a maioria dos partidos da maioria.
João Guilherme Vargas Neto é Assessor Sindical