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Apostar na unidade na campanha salarial para enfrentar os patrões
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
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Pesquisa Mensal de Comércio (PMC-IBGE) mostra que julho de 2015 foi o sexto mês consecutivo de recuo no volume de vendas com variação de -1% no volume de vendas frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais.
O nosso segmento, de combustíveis e lubrificantes, registrou variação negativa (-0,4%), porém acima da taxa global, enquanto a atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico ficou estável nessa comparação.
Por isso, o cenário econômico nos preocupa e tem preocupado as lideranças do movimento sindical por causa da intensificação da recessão econômica, elevação do desemprego, corte do crédito e queda da renda do trabalho. Segundo o Dieese, foram raros os acordos com aumentos reais de salário nas campanhas salariais de janeiro a junho de 2015.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged-MTE), o comércio registrou queda dos postos de trabalho com 25.585 vagas a menos no mês de junho. Em comparação com o mês anterior houve redução de 6.234 vínculos.
O mesmo vem ocorrendo neste segundo semestre. Os patrões usam a crise para justificar a recusa em reajustar os salários com alguns índices de ganho real. Mais do que isso: têm pressionado os sindicatos para firmarem acordos de redução da jornada de trabalho e de salário.
Alguns setores da economia só fecham acordos, se os trabalhadores aceitarem receber os aumentos salariais em duas vezes. Outras empresas chegam ao cúmulo de forçar o corte de salário de seus empregados.
Companheiras e companheiros, os frentistas terão de apostar na unidade para enfrentar o grande desafio que será a nossa campanha salarial de 2016. Precisaremos deflagrar uma campanha salarial unitária com todos 16 sindicatos do Estado e mais a Federação Estadual dos Frentistas porque todas as entidades são importantes e unidas fortalecem os trabalhadores no enfrentamento com os patrões rumo a um bom acordo. Por isso, não abro mão da unidade na luta!
Além disso, teremos de apostar na organização e mobilização das bases, discutir com as companheiras e companheiros as melhores táticas para enfrentar os patrões e forçá-los a fechar uma boa convenção coletiva em 1º de março do ano que vem.
Rivaldo Morais da Silva, presidente do Sindicato dos Frentistas de São Paulo (Sinpospetro-SP), e vice-presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro)