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As reivindicações dos servidores federais
terça-feira, 14 de agosto de 2012
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As cinco centrais reconhecidas fizeram muito bem quando em nota conjunta apoiaram as reivindicações dos funcionários públicos federais e exigiram a regulamentação da Convenção 151 da OIT, já promulgada pelo governo e depositada em Genebra. As centrais, com responsabilidade, indicam o caminho da negociação que, conforme Walter Barelli ensinava, devia ir “até a exaustão”.
Fica claro que o governo errou a mão quando deixou os cabeças de planilha, isto é, os burocratas insensíveis, assumirem o comando da negociação; eles o fizeram com tal imperícia que se confundiram muito e deixaram misturar, em uma mesma pauta, a reivindicação salarial (que passou a ser discutida no contexto da discussão orçamentária), planos de cargos e carreiras e muitas outras reivindicações , exageradas ou justas, de diversos corpos funcionais fazendo que o somatório de todos os erros desse a impressão de uma greve geral antagonista.
Foi como se misturassem numa mesma prova de Olimpíada os cem metros rasos, a maratona, a corrida de obstáculos e muitas outras.
Do nosso lado o radicalismo de algumas lideranças tem impedido acordos vantajosos; nos professores universitários, por exemplo, um bom acordo salarial já é possível de ser efetivado.
Para complicar ainda mais, a CUT, ao se separar das outras centrais e do Ministério do Trabalho e Emprego na discussão da regulamentação da Convenção 151 (que se arrasta desde 2010), preferiu conduzir seus projetos junto com o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão e ficou agora, provisoriamente, entre a cruz e a caldeirinha, acossada pelos gestores da Casa Civil e do Planejamento, pressionada pelas direções das entidades das grandes carreiras de Estado e pelo radicalismo da Conlutas e do PSTU.
Resolvidos os impasses e avançada a negociação no espírito da nota conjunta das centrais, caberá ao companheiro Sérgio Mendonça, leal, experiente e responsável, a colagem dos cacos, juntamente com o ministro Brizola Neto.
João Guilherme Vargas Neto
Consultor da Força Sindical