Na semana passada, a grande mídia, financiada pelo capitalismo escravocrata, iniciou uma campanha para difamar o movimento sindical, que defende os interesses dos trabalhadores, luta por mais comida na mesa da população e por igualdade social no país. O terrorismo da imprensa tem como objetivo desinformar a sociedade e esconder os males causados pela Reforma Trabalhista, que precarizou a mão de obra e lançou milhares de trabalhadores na informalidade. As mentiras divulgadas pelos principais veículos de comunicação do país visam alimentar a discórdia e a desconfiança entre os trabalhadores.
Não existe democracia sem sindicato forte. Por trás dessa campanha difamatória estão grandes grupos econômicos que investem pesado em verbas publicitárias para acabar com direitos e extinguir de uma vez por todas a carteira de trabalho. Sem a proteção do trabalho, fica mais fácil explorar e manipular a sociedade.
A negociação coletiva não pode ser efetivada sem a participação das entidades de classe. A Reforma Trabalhista acabou com a possibilidade de sobrevivência dos sindicatos. O governo Lula, através do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, trabalha para reconstruir a relação capital-trabalho com o fortalecimento do movimento sindical. A negociação coletiva, que se sobrepõe às leis trabalhistas, envolve custos, por isso a importância da participação efetiva do trabalhador em todo o processo.
A mídia que ataca os sindicatos, defende a bandeira do empreendedorismo próspero. Uma farsa. Atualmente, o Brasil tem cerca de 15 milhões de microempreendedores, a maioria dos quais deixou a informalidade para ter acesso a benefícios como aposentadoria e auxílio-doença.
A Reforma Trabalhista, que retirou recursos dos sindicatos, aumentou o número de trabalhadores informais no país. São mais de 39 milhões de pessoas sem acesso a qualquer tipo de direito. A campanha difamatória contra o movimento sindical ocorre quando as entidades de classe conseguem melhorar as negociações coletivas e cobram das empresas de aplicativos garantias para os trabalhadores informais.
Não é uma ação aleatória, mas sim uma campanha orquestrada para desacreditar o nosso trabalho e nossa luta. A mídia, no entanto, não questiona o repasse de parte dos tributos da folha de pagamento para o Sistema S, a isenção de impostos para empresas de comunicação e o bilionário fundo partidário bancado pelo povo.
A proteção dos trabalhadores depende de sindicatos mais combativos e fortes, o que requer recursos. Estamos lutando para derrubar as muralhas da Reforma Trabalhista. Para ter uma sociedade mais justa e igualitária, é necessário reconstruir a relação do trabalhador com as entidades de classe.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas