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Até que demorou
segunda-feira, 1 de julho de 2013
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Um ditado popular diz que “ Um erro só, não derruba avião”, para especificar a força do efeito da conjunção de fatores. A voz que emergiu das ruas demonstrou que a população se cansou de ser iludida, em todos os níveis. Enquanto uma ala do governo pinta um cenário “cor de rosa”, publicamente, o cidadão tem de encarar uma inflação de mais de 7% – acima teto da meta- a alta de 16% nos planos de saúde, alem de ter de conviver com o aumento da violência cotidiana e com os péssimos serviços de transporte público. O Brasil tem a carga tributária mais pesada entre os países emergentes e mais alta até que Japão e Estados Unidos, sem que ofereça uma contrapartida social à população que banca a conta. Além disso, a tributação no Brasil é também complexa e injusta: ao mirar o consumo, penaliza a população de menor renda.
Some-se a isso, a questão da aposentadoria: enquanto o trabalhador comum leva em média trinta e cinco anos para se aposentar, alguns parlamentares, após cumprir oito anos de mandato trabalhando três vezes por semana, já recebem o benefício. A prática da mobilização popular como ferramenta de pressão para o debate e melhorias está no histórico e no DNA do movimento sindical. Dessa vez, o levante das ruas poderá beneficiar toda a nação brasileira.
Francisco Soares de Sousa, presidente do Sinpospetro e da Fenepospetro