O movimento sindical resistiu aos ataques dos governos Temer e Bolsonaro e conseguiu resgatar a sua história de luta ao eleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como nordestino, tenho orgulho de fazer parte deste projeto progressista, que aos poucos reconstrói a nossa nação devastada pela miséria, a especulação econômica e o extremismo da direita.
Na semana passada, o mercado financeiro, que apoiou e votou em Bolsonaro, teve que dar a mão à palmatória ao reconhecer os efeitos positivos e a melhora nas perspectivas da economia do país. A queda nos preços dos alimentos e combustíveis, a geração de empregos e o aumento da produção em diversos setores da indústria comprovam que o governo Lula está no caminho certo.
O país cresce, apesar da taxa de juros exorbitantes do Banco Central. O aumento extra do salário mínimo no mês de maio e a reformulação do Bolsa Família permitiram que 43,5 milhões de brasileiros deixassem a linha da pobreza.
A estratégia do governo em aprovar a reforma tributária, que vai abrir caminhos para o capital de fora no país, gerou um clima de otimismo no mercado financeiro, que já pressiona o Banco Central para reduzir a taxa da de juros. Diante do cenário econômico de queda da inflação, do equilíbrio das contas públicas e da melhora na renda da população, as multinacionais também se movimentam para ampliar os investimentos em áreas como alimentação, tecnologia e suprimentos agrícolas.
Apesar dos juros altos, um dos principais obstáculos para a retomada das vendas, as micro e pequenas empresas também celebram o crescimento nos setores de serviço e comércio.
Durante a campanha eleitoral, Lula prometeu retomar o crescimento econômico e retirar o Brasil do mapa da fome. Em menos tempo do que se poderia imaginar, o presidente conseguiu virar a chave para um novo ciclo econômico no país. Lula, como um bom capitão de navio, sabe aproveitar os ventos favoráveis da economia para conduzir a nação a um porto seguro.
No entanto, para que esse horizonte favorável seja mantido, é preciso que o Banco Central faça a sua parte, na próxima reunião do COPOM, em agosto, reduzindo a taxa de juros, mantida em um patamar injustificável.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas