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O Auditório da sede da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos SP e Mogi, recebeu na tarde desta o 10º Seminário da Federação Interestadual dos Propagandistas, presidido por Luis Marcelo Ferreira. Estavam presentes na abertura do evento diversas lideranças de vários estados, entre eles, Amazonas, Alagoas, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A direção nacional da Força Sindical estava representada pelo vice-presidente da Central, Sergio Luiz Leite; o secretário-geral, João Carlos Gonçalves (Juruna) e o secretário de Relações Sindicais, Geraldino dos Santos Silva. O presidente da Força Sindical SP, Danilo Pereira da Silva e o coordenador da Regional Campinas, Carlos Ferreira, também estava na abertura do encontro. O evento será realizado nos dias 16, 17 e 18 de outubro e faz parte das atividades para comemorar os 10 anos da Federação.
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Bravo Barelli!
sexta-feira, 26 de julho de 2019
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Há um destino comum, irremediável, que, a cada dia, se aproxima de todos.
Durante a vida, a inteligência e a ciência nos ajudam a fazer o bem, a promover a paz e o amor, a superar desigualdades e a buscar o bem viver.
Mas a inteligência e a ciência também são capazes de nos tornar infinitamente estúpidos, ávidos por fazer o mal, por promover a guerra, destilar o ódio, reproduzir a pobreza e a miséria, promover desigualdades e injustiças.
Quando a estupidez predomina, homens e mulheres se indignam, colocam-se em movimento e lutam contra ela.
Mas há homens e mulheres especiais que, diante das inúmeras formas de estupidez, são capazes de enunciar o sentido da justiça, da igualdade e do bem comum.
Há ainda homens e mulheres muito especiais porque são capazes de reunir os indignados e uni-los em torno de utopias que indicam o sentido da justiça, da igualdade e do bem comum.
Há aqueles e aquelas que fazem tudo isso durante toda a vida. Esses são bravos!
Em 18 de julho, o País perdeu um desses bravos: o companheiro Walter Barelli, que dedicou a vida, a sabedoria e o conhecimento econômico para reunir e unir homens e mulheres que, em movimento, lutaram contra as inúmeras formas de estupidez humana, afirmando o sentido da justiça e da igualdade.
Barelli deixou muitas sementes, frutos e árvores.
Na vida pública e profissional, foi responsável pela expansão do DIEESE, impulsionando a entidade para a conquista da credibilidade científica da qual ela usufruiu até hoje, com dados e análises sobre o mundo do trabalho. Foi professor na Unicamp e no Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, da Unicamp), na PUC/SP e na FGV/SP, ministro do Trabalho e secretário do trabalho do estado de São Paulo, entre tantas outras atividades.
Seu legado é vasto e significativo para os trabalhadores.
Sua ausência trará saudade.
Quando reunidos, poderemos dizer: bravo Barelli, presente!
E há uma parte do legado que deve ser continuada: a capacidade de reunir e unir os diferentes e indignados, para que eles se coloquem em movimento, acreditando que vale a pena a luta pela utopia da justiça, da igualdade e do bem comum.
O tempo histórico futuro próximo exige grande esforço de união. O legado de Barelli é um enorme estímulo para unir, lutar e vencer o enorme desafio que está no caminho.
Se assim fizermos, poderemos dizer: bravo Barelli, vive!
Clemente Ganz Lúcio
Sociólogo e diretor técnico do Dieese