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Combate à violência contra a mulher é uma luta de todos
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
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Neste ano, a campanha ’16 dias de ativismo pelo fim a violência contra as mulheres’ tem como foco o engajamento social em favor da lei Maria da Penha, que pune os responsáveis por agressões contra as mulheres. Isso porque o combate à violência contra a mulher não é um objetivo só das vítimas ou das mulheres. É uma luta que deve ser de todos, homens e mulheres.
A aceitação da lei já é clara. De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope, 83% da população considera que a lei ajuda a diminuir a violência contra a mulher. É preciso, então, incluí-la em nosso dia-a-dia, garantindo que as raízes culturais e políticas da violência sejam extintas; daí o lema ‘Comprometa-se’ da campanha que termina no próximo dia 10.
É esse compromisso que queremos provocar, não apenas com a divulgação da campanha, mas com ações práticas. No Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, por exemplo, procuramos fazer com que o debate sobre essa questão esteja incorporado no cotidiano da categoria e as garantias para as mulheres vítimas de agressões estejam nos acordos e na nossa Convenção Coletiva.
Tanto é que em 2007 conseguimos incluir a cláusula que garante 30 dias de licença remunerada à trabalhadora que passar por tal situação. Neste ano, acompanhamos o retorno de uma companheira vítima de violência sexual ao trabalho, contando com a cooperação e a sensibilidade da empresa.
Ou seja, a campanha é um incentivo à reflexão, mas as ações contra essa prática devem ser constantes. Só assim vamos ter a sociedade Justa que tanto perseguimos nestes 60 de Declaração Internacional dos Direitos Humanos.
Mônica Veloso, 40, secretária-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e secretária Nacional de Direitos Humanos da Força Sindical.