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Começo de balanço
domingo, 6 de dezembro de 2009
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Estamos terminando o ano com um saldo muito positivo de resultados na luta contra a crise, em defesa dos empregos e com reajustes salariais significativos. Estes resultados estão associados de maneira indissolúvel a três fatores: mobilização, unidade de ação e capacidade estratégica.
É ocasião de realizarmos balanços aprofundados das lutas do ano inteiro que, a bem da verdade, começaram nos fins de 2008 quando foram tomadas as primeiras medidas práticas de enfrentamento da crise, sem temor paralisante.
O balanço poderá revelar, aqui e ali, fragilidades a serem superadas e servirá para preparamos o nosso movimento para os grandes embates de 2010, ano eleitoral e de Copa do Mundo.
Desculpando-me antecipadamente por erros e omissões relembro alguns dos grandes acontecimentos do ano que está terminando e registro algumas menções elogiosas.
A CTB, CUT, Força Sindical e Nova Central realizaram congressos nacionais fortes, representativos e orientadores. Em cada um, com suas peculiaridades, demonstrou-se a força unitária que congrega os dirigentes e os ativistas, causando admiração às delegações estrangeiras visitantes.
Grandes categorias fizeram seus congressos estatutários ou ocasionais; relembro os da CONTAG, que elegeu nova diretoria, os dos metalúrgicos de São Paulo e São Bernardo, dos comerciários de São Paulo, dos engenheiros e o da unificação da Fenattel.
Houve também inúmeras reuniões de grande significado mobilizatório e qualificador; quero mencionar o seminário da CNTM com seus advogados e especialistas em direito, realizado em Belo Horizonte e o primeiro seminário da recém-fundada CNTU, sobre os serviços públicos, em São Paulo.
As manifestações de massa aconteceram em todo o Brasil, contra os juros altos e em defesa do emprego, pelas 40 horas e em comemoração do 1º de maio; 2009 foi um ano de pés no chão e de inúmeras idas a Brasília e ao Congresso Nacional.
As centrais sindicais reafirmaram sua disposição de luta unitária; não sei contar o numero de reuniões realizadas entre elas e delas com autoridades nacionais e internacionais. Menciono apenas a delegação unitária em visita à OIT, em Genebra, que teve grande repercussão e já provoca efeitos nas relações institucionais do movimento.
A maior vitória: o reajuste de 12,05% do salário mínimo em fevereiro, em plena crise, com aumento real de 6,39% .
Destaque especial para o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba que organizou e garantiu a melhor campanha salarial de categoria e criou, por deliberação unânime de sua diretoria, o Fundo de Greve reservando para tal 10% de todas as receitas sindicais.
Melhor comunicador: Agência Sindical.
Personalidade sindical do ano: Paulinho da Força.
João Guilherme Vargas Netto, Consultor Sindical