A grande tarefa do ministro Marinho e de sua equipe é a de revitalizar o Ministério do Trabalho, extinto, recriado e destroçado pelo governo Bolsonaro.
Assim como na Revolução de 30, o ministério deve ter atualmente um papel central, reestruturado orçamentária e funcionalmente.
O movimento sindical dos trabalhadores apoia estes esforços, fazendo deles uma exigência e participando com empenho nos diversos conselhos criados, reforçando as fiscalizações e as superintendências.
Interessa aos trabalhadores, aos empresários e ao governo um ministério forte, dentro dos ditames constitucionais, civilizatório e indutor de relações do trabalho justas e democráticas em um contexto de desenvolvimento econômico e superação das dificuldades.
Como contribuição para este bom desempenho sugiro duas iniciativas que, a meu juízo, contribuiriam para o avanço da pauta sindical atendida pelo ministério.
Sugiro que o ministério patrocine uma campanha institucional, nos meios de comunicação de massa – grandes veículos e redes sociais – em defesa da sindicalização.
Isso foi feito, por exemplo, no começo da década de 80 do século passado depois da vitória oposicionista de 1982 no governo do Mato Grosso do Sul, com resultados espetaculares. A campanha dizia, simplesmente, “Sindicalize-se, faz bem para você, faz bem para o Brasil”.
A campanha ministerial seria apoiada com ênfase pelo movimento sindical que realizaria as suas próprias campanhas de sindicalização e ressindicalização.
Outra iniciativa que sugiro é a da realização, pelo ministério, contratando empresa especializada, de uma pesquisa qualitativa sobre o que querem os trabalhadores de aplicativos, capaz de orientar com seus resultados todas as ações a serem empreendidas neste complexo assunto, com a aquiescência dos diretamente interessados.
João Guilherme Vargas Netto é consultor de entidades sindicais de trabalhadores