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É hora de avançar além do Outubro Rosa
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
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Nascido em 1990 nos Estados Unidos, o “Outubro Rosa” é um movimento que pegou para o bem de centenas de milhares de vidas preservadas a cada ano mundo afora. No Brasil, o movimento sindical tem exercido um papel fundamental ao levar a mensagem às trabalhadoras de que o câncer de mama tem cura se for diagnosticado a tempo, utilizando, para tanto, todos os meios de que dispõe como jornais, redes sociais, sites, palestras e outros eventos.
No entanto, basta analisar os números relativos ao câncer de mama para concluir que temos de avançar além do Outubro Rosa. Segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), neste ano serão detectados no Brasil quase 60.000 novos casos da doença. O problema é que a cada ano o câncer de mama mata no Brasil aproximadamente 15.000 pessoas, a quase totalidade mulheres. Esse número representa 25% do total de casos diagnosticados.
Segundo especialistas, há no Brasil mamógrafos em número suficiente, porém a distribuição é desigual, deixando as regiões periféricas e mais carentes desassistidas. Assim, o exame preventivo de mamografia para as mulheres se torna muito difícil nesses locais.
Mas não basta o diagnóstico. A lei federal 12.732/12 diz que o primeiro tratamento pelo SUS de pessoas diagnosticadas com câncer de mama deve ocorrer em até 60 dias. Porém, na prática, esse prazo não é respeitado. É hora, pois, da cobrança de que a lei seja cumprida, em especial, para as mulheres que dependem exclusivamente do SUS, preservando, assim, milhares de vida.
Andréia Cunha, diretora do Sindcato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá e 2ª secretária da Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência da Força Sindical-SP