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É preciso rever os conceitos
quinta-feira, 3 de abril de 2014
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Há bem mais de um século, iniciava a luta das mulheres pelo direito ao voto, numa visão de que tal direito era a consagração da cidadania e a porta para uma luta sem fim, com diferentes enfoques ao longo da jornada.
Conquistar o direito ao voto, a aceitação no mercado de trabalho e a liberdade de escolhas no campo emocional e familiar iniciaram no século passado, mas ainda carecem de lutas. Na política, mesmo sendo a maioria populacional, as mulheres são minorias ao ocupar cargos eletivos ou aos cargos indicados. Ainda que os estatutos partidários garantam a participação de 30% de mulheres nos diretórios e demais instâncias do poder político, este número não é preenchido, quando se refere ao alto poder. Não chega a 20 o número de mulheres a comandar nações, no planeta.
No mundo do trabalho, as proporções não são muito diferentes: A legislação garante a igualdade, mas na prática, a mulher ainda sofre discriminação para avançar, principalmente, quando se trata de alcançar cargos de chefia.
No aspecto emocional, as mulheres têm liberdade de fazer suas escolhas, mas sofrem com a violência física e moral que tolhe seus objetivos.
Mas o quê fazer – Como mudar, como avançar?
A solução passa pela reestruturação da base, da mudança dos conceitos, com a ampliação do conhecimento e aprimoramento da educação e da qualificação. Esta é a fase da história das mulheres em que é preciso reforçar alguns paradigmas e reformular outros.
As mulheres querem igualdade de oportunidades no trabalho, na política, na família, na sociedade, mas precisam lutar para que sejam aceitas. Principalmente, precisam lutar para vencer suas barreiras internas, impostas pelo pensamento machista preponderante. É necessário que conheçam as causas que as paralisam, para que possam vencer as barreiras e reestruturar a autoestima. O mundo vai mudar de acordo com as mudanças que as mulheres fizerem nos dias atuais.
O quê fazer para mudar é uma questão que vem sendo trabalhada pela Secretaria de Política para a Mulher da Força Sindical-RS, através de ações específicas, em todos os estados, com programas orientados a que os sindicatos também se dediquem à questão, visando que o crescimento da mulher seja o foco em todas as instâncias.
Diversos encontros ocorrem de forma permanente, quando são debatidos temas relativos às mulheres, e são tiradas propostas de trabalho para ações constantes. Combate à violência, à discriminação na sociedade e no trabalho e a realização de encontros que ampliem o autoconhecimento estão entre as diretrizes de trabalho aprovadas pelas mulheres e que já estão sendo colocadas em prática, de forma incansável.
Ivone Simas – Secretária de Políticas para a Mulher da Força Sindical-RS