Uma nova tendência de procura por empregos informais promete ser um desafio para o sindicalismo e as relações entre o capital e o trabalho. Trata-se do avanço da procura de serviço por aplicativos, a chamada “uberização”, que vem crescendo muito, a pondo de exigir novas regras de proteção ao trabalhador.
Recentemente, o governo de Jair Bolsonaro autorizou que motoristas de aplicativos se formalizem por meio do registro de MEI (microempreendedor individual). Agora, esses trabalhadores têm uma alternativa oficial para contribuir com a Previdência e receber benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, pondo em xeque o futuro do emprego formal.
Como se vê, o governo neoliberal facilita mecanismos que joguem os profissionais brasileiros na informalidade, ferindo, com isso, conquistas históricas da classe trabalhadora, obtida através da mobilização em torno de seus sindicatos.
Ainda sem regulamentação e sistemas de proteção ao trabalho perante o capital, a prestação de serviços por meio de plataformas digitais já é um dos maiores desafios do mercado de trabalho em nosso País.
Precisamos estar alertas, pois a ordem do dia no Brasil é a precarização do trabalho.
Ramalho da Construção
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo