Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
Lutar para garantir direitos
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Artigos
As Centrais Sindicam acabam de entregar um documento ao vice-presidente da República Michel Temer anunciando que são contra a idéia de acabar com o projeto político que tirou milhões de brasileiros da miséria, valorizou o trabalho e aumentou a renda. Claro,na hipótese de Temer assumir a Presidência da República, com a aprovação pelo Senado do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Filiado à Força Sindical, o nosso sindicato apóia a iniciativa das Centrais Sindicais e cerra fileiras com todo o movimento sindical brasileiro na luta para impedir a flexibilização dos direitos trabalhistas, como o negociado valer mais do que as normas legais, redução dos dias de férias e fim do 13º salário. Temos que protestar nas ruas se o Congresso mexer nos nossos direitos.
Mas não é só isso. A maioria dos parlamentares é favorável ao fim da política de valorização do salário mínimo, motor do aumento do consumo popular e do crescimento econômico nos últimos anos. É bom lembrar que a política de reajuste do mínimo foi negociada entre governo e Centrais Sindicais.
Cerca de 50 projetos tramitam hoje no Congresso e têm o objetivo de reduzir direitos trabalhistas e sociais. Se chegar à Presidência, o novo governo será pressionado, ainda, a instituir a aposentadoria por idade, uma das principais reivindicações dos setores neoliberais.
Os trabalhadores e trabalhadoras defendemos com vigor a imediata retomada do crescimento econômico, da geração de emprego, de renda e da preservação e ampliação dos direitos trabalhistas e das conquistas sociais.
Como destaca a carta das Centrais Sindicais: “Os trabalhadores anseiam por melhores condições na saúde, de educação, de segurança, de emprego e transporte, pelo combate sistemático à corrupção, pelo fortalecimento das negociações coletivas e do financiamento da atividade sindical, com foco na organização e na representatividade”.
Nós, frentistas de São Paulo, almejamos que o governo negocie com os trabalhadores e construa uma agenda voltada para o desenvolvimento e para o crescimento econômico, com distribuição de renda e valorização do trabalho. O Brasil que queremos é resultado da seguinte agenda:
· Implantação urgente de uma política de desenvolvimento nacional;
· Mudanças na política econômica capazes de combater o desemprego, aumentar a renda e manter direitos sociais;
· Correção da tabela do Imposto de Renda;
· Renegociação da dívida interna;
· Fortalecimento e retomada do protagonismo histórico do Ministério do Trabalho e Emprego;
· Criação de condições para o aumento da produção e da exportação;
· Juros menores;
· Desenvolvimento de uma política que fortaleça a indústria nacional e reconstrua nosso parque industrial, voltada principalmente para os setores de infraestrutura, petróleo, construção civil e pesada;
· Manutenção e ampliação dos programas voltados para a diminuição das desigualdades sociais;
· Fortalecimento da política de valorização do salário mínimo como forma de distribuir renda;
· Política de valorização e melhorias nos benefícios para os aposentados e pensionistas;
· Não à retirada de direitos na Reforma da Previdência;
· Mais investimentos em saúde, educação, transporte e segurança;
· Desenvolvimento de uma política de valorização dos servidores públicos.
Rivaldo Morais da Silva, presidente do Sindicato dos Frentistas de São Paulo (Sinpospetro-SP) e vice-presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro)