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Para a frente é que se anda
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
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Sob o comando da presidente Dilma e de sua equipe econômica estão ocorrendo mudanças sutis e significativas na condução da política econômica. Basta citar a queda da taxa Selic, a depreciação do câmbio e a série de medidas para enfrentar a desindustrialização. São mudanças pontuais, ainda não consolidadas e que são feitas atendendo, com arbitragens sucessivas, às correlações de forças que se manifestam e que provocam fúria e descontrole nos adversários declarados. Há uma lógica que aponta para a continuidade do desenvolvimento com distribuição de renda e ampliação do mercado interno, preparando nossa economia para enfrentar a crise que vem de fora e melhorar as condições sociais do Brasil e nossa competição externa.
Ao mesmo tempo em que isso ocorre o movimento sindical tem recuperado seu protagonismo social com base em suas lideranças combativas, sua unidade de ação e manifestações, mobilizações e greves por suas reivindicações.
Do ponto de vista sindical há três coisas que, a despeito das arbitragens, devem ser permanentes e orientar estrategicamente todo o processo: os aumentos de salários, a queda da taxa Selic e o incremento da qualificação produtiva.
Estas seriam as contribuições fortes do movimento sindical ao processo virtuoso e que, ao mesmo tempo, fazem crescer nossa presença sindical.
Portanto não é de se estranhar a pressão grevista atualmente existente; ela é parte integrante, natural e necessária da conjuntura e de nosso papel. O movimento sindical como um todo apóia os bancários, os trabalhadores dos correios, os professores em greve porque, aqui e ali, também se mobilizou e fez greves para conquistar aumentos reais, também se mobilizou e manifestou-se pela queda da taxa Selic e é ativo na organização das 25 câmaras setoriais que discutem e implementam medidas contra a desindustrialização e no encaminhamento, no Congresso Nacional, da pauta trabalhista – por exemplo, com os deputados Paulinho da Força e Roberto Santiago conduzindo um acordo para a regulamentação do trabalho terceirizado no Brasil.
João Guilherme Vargas Neto, consultor sindical