Protagonismo

Na avalanche de notícias diárias sobre a crise na economia mundial, a quase ausência é a do movimento sindical dos trabalhadores. Quando se manifestam, na Grécia, na Itália e na Espanha, os sindicatos têm pouca influência no andamento das medidas.

No Brasil, ao contrário, a prevenção da crise e o enfrentamento de suas maldades têm, no movimento sindical, um protagonista de preso ao lutar com manifestações, greves e negociações para fazer avançar a sociedade. Agora mesmo a reestruturação pretendida pela GM, com demissões foi atalhada a partir das posições firmes do sindicato apoiado pelas centrais sindicais.

Ao adotarem o mecanismo seletista da suspensão temporária do vínculo de emprego, os trabalhadores e a empresa souberam repetir o feito dos metalúrgicos da Renault do Paraná, na crise de 2009.

E a constituição do Programa Nacional de Estabilização e Manutenção do Emprego (PNEME), um fundo para garantir emprego, além de ser uma política defensiva, aposta na continuidade do crescimento com distribuição de renda, apesar da crise internacional.

Em suas várias manifestações e expressões o movimento sindical dos trabalhadores tem, mais até que o lobby dos empresários, cuidado de nossos interesses e de nosso futuro.

João Guilherme Vargas Neto, consultor sindical