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Terceirização: Além da questão financeira
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
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Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), existem cerca de 8 milhões trabalhadores terceirizados e 31 mil empresas deste segmento,no Brasil.
Números que a ofensiva em defesa da terceirização,através do PL 4330, do deputado Sandro Mabel (PL-GO), pretende quintuplicar.
Os interesses das empresas passam pelo aumento de seus lucros e por se verem livres dos encargos trabalhistas e previdenciários, garantidos por lei; mas a questão não deve ser nivelada somente sob esse prisma:
Ultrajante sob vários aspectos, a terceirização reduz o trabalhador à condição de subespécie da categoria, pois é estabelecida de maneira a fazer com que o empregado perca o sentido de grupo, o que impacta na falta de união para reivindicar seus direitos, numa espécie de ciclo vicioso.
Sob o ponto de vista legal, sobram exemplos de abusos e desrespeito aos direitos trabalhistas básicos, como o não pagamento das verbas rescisórias ao trabalhador. Um dos motivos, é o fato de o capital da empresa terceirizadora nunca ser compatível com o corpo de funcionários que possui.
Esse e outros tipos de ataques contra a classe trabalhadora encontram terreno fértil na prática da terceirização, pois mesmo a reclamação trabalhista fica comprometida, devido ao empregado, muitas vezes, desconhecer quem é o seu patrão.
O ato de repúdio ao PL 4330, de 06 de Agosto, deve ser a primeira das muitas investidas do movimento sindical contra esse levante dos empresários em degradar e segregar o trabalhador, já tão penalizado em sua condição, na pirâmide capitalista.
Francisco S. Sousa, Chico Frentista, presidente da Fenepospetro