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Um pacto pela educação
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
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As previsões de diversos economistas dizem que o Brasil deve se tornar a sexta maior economia do mundo em poucos anos –hoje somos a nona. Mas, se olharmos alguns indicadores, como índice de analfabetismo, veremos que o Brasil está entre os piores países do mundo.
Por isso, neste momento em que a economia brasileira retoma sua trajetória de crescimento, seria necessário que os poderes públicos –prefeituras, Estados e União – estabelecessem um pacto nacional pela qualidade do ensino no país.
E esta seria uma bandeira que o movimento sindical deveria abraçar por um motivo básico: os professores da rede pública brasileira estão entre os mais mal pagos do mundo. Um professor em início de carreira no Estado de São Paulo recebe cerca de R$ 1.500 por 40 horas/aula semanais.
Com esse tipo de remuneração dificilmente o poder público conseguirá atrair bons profissionais para suas salas de aula. E é na nas salas de aula da rede pública que estudam os filhos dos trabalhadores e das camadas mais pobres da população. E enquanto a rede pública não oferecer ensino de qualidade, os filhos dos trabalhadores continuarão competindo em condições de inferioridade com aqueles que podem pagar uma escola privada.
Além disso, os prédios da rede pública precisam ter os mesmos equipamentos, as mesmas condições de ensino, a mesma carga horária e os os melhores conteúdos das melhores escolas particulares.
Para que o Brasil se orgulhe de ser uma das maiores economias do mundo, é preciso que o seu povo também seja um dos mais educados do mundo. Afinal, riqueza não combina com ignorância.
Boas Festas em um ótimo 2010!
Carlos Alberto de Freitas, presidente da Fetercesp