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Unidade e mobilização podem barrar corte de direitos
terça-feira, 12 de julho de 2016
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Durante a fase de conspiração das oligarquias para derrubar a presidenta Dilma Roussef já alertávamos que estes setores mentiam ao afirmar que o objetivo do impeachment era combater a corrupção. O grande interesse deles, denunciávamos, era e é atacar os direitos trabalhistas, sociais e previdenciários dos trabalhadores.
Em entrevistas, apontavam e apontam ser preciso mudar radicalmente a legislação que trata destes direitos que fazem parte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da Constituição Federal.
Para o Brasil se tornar competitivo no mercado internacional e para superar a grave crise econômica e social que atinge o País, os empresários passaram a pressionar o governo federal e o Congresso a flexibilizar a legislação laboral.
Na visão deles e do governo, os trabalhadores devem pagar pela crise, perdendo seus direitos conquistados ao longo de décadas de luta. Hoje tramitam na Câmara e no Senado 55 proposições que visam reduzir, flexibilizar e acabar com direitos e benefícios dos empregados.
Os patrões já falam abertamente em reduzir férias, acabar com o 13º salário, determinar que o negociado prevaleça sobre o legislado e que a jornada semanal de trabalho possa chegar a 80 horas, entre outras propostas. É a tal reforma trabalhista, que já recebeu apoio do presidente interino Michel Temer e seus ministros.
Ao mesmo tempo que apóia estas propostas, o interino assinala que quer massacrar ainda mais o trabalhador: quer estabelecer idade mínima para a aposentadoria (70 anos) e desvincular o reajuste das aposentadorias da correção do salário mínimo.
Na verdade, as mudanças de Temer pretendem limitar radicalmente os gastos sociais do governo, entregar o pré-sal às empresas estrangeiras e criar condições para privatizar todas as empresas estatais, entre outras medidas.
Por ser grave o momento, os frentistas sugerem aos trabalhadores, aos seus sindicatos e às Centrais Sindicais ser necessário ações para mostrar a toda a sociedade nossas propostas para tirar o Brasil da crise. Junto a isso, precisamos reforçar a unidade na luta, a organização e a mobilização para enfrentar governo e empresários que querem nos empurrar goela abaixo o ajuste que pretende pôr a economia nos trilhos.
Rivaldo Morais da Silva, presidente do Sindicato dos Frentistas de São Paulo e vice-presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro)