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Valorização da mão-de-obra é o caminho para conter a crise
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
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A conquista na Renault é um cala a boca em todos aqueles que vinham dizendo que a luta dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho afeta a vinda de novas empresas para o Paraná. Graças a essa luta, somente de PLR e abono, serão injetados R$ 343 milhões na economia do Estado nos próximos dois anos. Dinheiro que vai garantir que a roda da economia continue girando, aumentando a produção das empresas e incentivando a geração de empregos: fórmula essencial para a contenção dos efeitos da crise financeira que está assolando o mundo.
Com esse acordo, nós, metalúrgicos da Grande Curitiba, estamos mostrando para o Paraná e para o Brasil o rumo a ser tomado para continuar garantindo a expansão do crescimento econômico de maneira sólida. Somente com a valorização da mão-de-obra é possível que as empresas tenham mais competitividade no mercado. Foi a partir desse entendimento que foi possível construir esse acordo, o maior já negociado no país. Tudo sem maiores confrontos, apenas bom senso. Dessa maneira, nós trabalhadores ,estamos abertos para a vinda de industrias para o Paraná. Cobramos apenas que os benefícios disso cheguem a todos, tanto trabalhadores como a sociedade em geral, e não somente às empresas. Enquanto persistir no patronal a idéia de lucro a todo custo, sem dar importância a valorização do trabalhador, o mundo continuará cheio de confrontos e crises financeiras.
Mas não há espaço para comemoração com a conquista na Renault. Está dado o pontapé inicial na Campanha Salarial e a luta tem que continuar. O acordo na Renault mostra que a indústria automobilística tem bastante gordura pra queimar.
Agora é a hora! Só conquista mais, quem se mobiliza mais! Por isso, vamos pra luta, companheiros!
Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba