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Brasília (DF): BC faz alerta sobre reajuste salarial
quarta-feira, 6 de julho de 2011
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Em um recado a empresas e trabalhadores que negociarão aumentos salariais no segundo semestre, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reforçou ontem, em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, a preocupação do governo com o impacto dos reajustes sobre os preços da economia, especialmente os concedidos com base na inflação passada. Ele disse que a taxa acumulada em 12 meses vai começar a cair a partir de agosto e que não se deve olhar a inflação pelo retrovisor.
“É importante que nas negociações fique claro que a trajetória da inflação estará apontando para baixo, (para o centro da meta) de 4,5%.
Perguntado sobre o reajuste de 14% previsto para o salário mínimo em janeiro, Tombini admitiu que, junto com as negociações salariais, é outro desafio para evitar a alta de preços:
“O reajuste do salário mínimo é um desafio que estamos considerando em nossas projeções e avaliações”.
A CUT e a Força Sindical, que iniciam hoje uma série de manifestações no País, reagiram e frisaram que continuarão reivindicando reajustes reais (acima da inflação).
As centrais representam categorias de peso: bancários, petroleiros, químicos, metalúrgicos e funcionários do setor da alimentação, totalizando 6 milhões de trabalhadores.
Para o presidente da CUT, Artur Henrique, é um absurdo a área econômica dizer que aumento salarial provoca inflação.
“A declaração põe a política econômica em antagonismo aos anseios dos trabalhadores”, diz o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Na sua exposição, Tombini afirmou que o Brasil precisa de ousadia para reduzir a meta de inflação de 4,5% no futuro: “Estamos lidando com uma segunda volta da crise no exterior. A curto prazo, temos de assegurar que a inflação convirja para a meta”.