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GM demite funcionários de São José dos Campos
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
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SÃO PAULO – A General Motors (GM) iniciou neste fim de semana a demissão de parte dos funcionários da fábrica de São José dos Campos (SP), segundo informação do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros.
O sindicalista disse que os funcionários da montadora receberam ontem telegramas comunicando a demissão. “O que causou bastante surpresa é que as pessoas receberam, no dia 23, uma carta informando sobre o término da licença remunerada e o início das férias coletivas. Aí, hoje, recebem um telegrama comunicando a demissão”, diz.
Barros afirmou que o sindicato vai questionar as demissões na Justiça. De acordo com o sindicalista, houve na semana passada uma reunião entre a Anfavea (associação das montadoras) e o governo para que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros populares não retornasse imediatamente ao patamar original de 7% — o que só acontecerá em meados no ano que vem.
Em troca, as montadoras teriam assegurado ao governo que não realizariam demissões, afirma Barros. “Houve quebra de acordo. Por isso, vamos entrar com uma ação para impedir essas demissões”, diz.
Em nota, a GM afirmou que, com o fim da produção dos modelos Corsa, Meriva e Zafira, “a continuidade das operações da fábrica de automóveis tornou-se inviável”.
Por isso, decidiu aprovar novos projetos previstos no plano para renovação do portfólio, no valor de R$ 5,7 bilhões, para as outras unidades que mantém no país -São Caetano do Sul (SP), Gravataí (RS), Joinville (SC), Mogi das Cruzes e Sorocaba (SP).
A empresa diz ainda que, desde 2008, “negociou com o sindicato novos investimentos que permitiriam a aprovação de novos projetos para a fábrica, chegando inclusive a contar com o apoio da sociedade civil joseense, mas não obteve sucesso”.
“Foram usadas todas as alternativas trabalhistas, como férias coletivas, plano de demissão voluntária, ‘lay off’ e licença remunerada, para minimizar impactos para nossos trabalhadores’, diz o comunicado.