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Imprensa
São Paulo (SP): Justiça proíbe greve de portuários hoje, mas trabalhadores param
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Imprensa
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) proibiu que os representantes da categoria dos portuários paralisem nesta sexta-feira os serviços contra as disposições da Medida Provisória nº 595 – que muda regulamentações e incentiva investimentos privados no setor, conforme informações da assessoria de imprensa do tribunal desta quinta-feira. O TST assegurou o funcionamento normal da atividade portuária, sob multa de R$ 200 mil por dia de greve.
De acordo com o órgão, a vice-presidente do TST, ministra Maria Cristina Peduzzi, acatou a ação cautelar da União e de sete Companhias de Docas de diversos Estados (PA, CE, RJ, BA, RN, SP, ES), já que, segundo o pedido, a greve seria abusiva pois tinha um caráter político-ideológico e causaria dano diário de cerca de R$ 67 milhões. Para a ministra, a greve mostra motivação política ao usar como justificativa a exploração de portos e as atividades dos operadores portuários.
Os sindicalistas argumentam que as mudanças propostas pelo governo, dentro da MP que visa aumentar a eficiência dos terminais brasileiros e realizar investimentos públicos e privados de R$ 54,2 bilhões no setor, vão fragilizar as relações de trabalho da categoria.
Paralisações
Segundo informações da agência Reuters, o protesto realizado nesta sexta-feira por trabalhadores portuários paralisa todas as operações no porto de Paranaguá, no Paraná, informou a administração portuária. Com a manifestação contra mudanças nas regras do setor, não há operações de carga e descarga em todos os 16 navios atracados no momento no porto, sendo três de grãos e farelo de soja.
‘A adesão é total, começou a mobilização’, disse o 1º secretário do Sindicato dos Estivadores de Santos, Cesar Rodrigues Alves. O protesto ocorre em um momento em que o Brasil começa a escoar uma safra recorde de soja, estimada para superar 80 milhões de toneladas. Santos e Paranaguá são os dois principais portos para embarques de commodities agrícolas do Brasil.
O protesto nesta sexta-feira deve ocorrer até às 13h, segundo informaram anteriormente os sindicatos. Na próxima terça-feira, os trabalhadores marcaram outra paralisação de seis horas. O mercado espera que o Brasil colabore para reforçar os estoques globais da soja após uma quebra da colheita em 2012 nos Estados Unidos, tradicionalmente o líder na produção.
Estima-se que o Brasil deverá liderar a produção e a exportação global de soja na temporada 2012/13. A administração portuária de Santos afirmou que ainda não era possível saber que tipo de operação a paralisação prejudicava.