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Memória Sindical
Desenvolvimento, justiça Desenvolvimento, justiça social e trabalho decente
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Memória Sindical
O debate sobre a liberdade e autonomia sindicais, desenvolvimento, justiça social e trabalho decente pautaram os seis congressos já realizados pela
Força Sindical. Como desdobramento destes temas, o 7º Congresso da Central apresenta um programa que reconhece o crescimento vivido pelo País, mas enfatiza a necessidade de avançar mais
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O objetivo é desatar os nós de atraso, arraigados na política nacional, como o Fator Previdenciário e a histórica luta pela redução da jornada de trabalho.
Fundada em seu 1º Congresso Nacional, em março de 1991, em São Paulo, a Força Sindical surgiu como uma instituição democrática e pluralista, defensora da livre negociação e da liberdade e autonomia sindicais. Nesse
Congresso, o metalúrgico Luiz Antônio de Medeiros foi eleito o presidente da Central, sendo reeleito no segundo e no terceiro Congressos, em 1993 e 1997.
Durante todo o tempo em que foi presidente, Medeiros, com sua diretoria, enfrentou sérios desafios referentes à fragilização das relações de trabalho
e emprego.
Os planos econômicos Collor I (março de 1990) e Collor II (janeiro de 1991) aprofundaram a recessão e elevaram o desemprego a taxas altíssimas, levando o movimento sindical a assumir uma postura de resistência ao fechamento de milhares de postos de trabalho e à perda de direitos.
Para lidar com isto, a Força Sindical comandou movimentos pela correção da tabela do Imposto de Renda da pessoa física e pela criação da Lei que instituiu a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR). E, durante o governo Itamar Franco, encampou uma batalha contra as perdas de
valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), causadas pelo Plano Collor.
Em 1999 Medeiros se licenciou da Presidência da Força Sindical, antes do fim de sua terceira gestão, para trilhar seu caminho como deputado federal.
O novo presidente da Central traria novos ares para todo o sindicalismo brasileiro. Inicialmente substituto de Medeiros, o metalúrgico Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, tornou-se presidente eleito da Central em seu
4º Congresso, em 2001.
O mote daquele Congresso tinha tudo a ver com o perfil arrojado, dinâmico e comprometido com a classe trabalhadora de Paulinho: “Um novo projeto
para o Brasil – desenvolvimento econômico com distribuição de renda e justiça social”.
Intrinsecamente ligados ao momento que o País vivia, os temas do desenvolvimento e da justiça social sintetizavam uma agenda que pautou a Força Sindical no 4º e também no 5º Congresso, realizado em 2005
com o mote “Distribuir renda é fortalecer o Brasil”.
Em julho de 2009, o 6º Congresso Nacional da Força Sindical contou com a participação de 2.528 delegados, elegeu uma direção amplamente representativa, tendo à frente o presidente Paulo Pereira da Silva,
e aprovou o documento “Toda Força Pelo Trabalho Decente”.
Em um contexto de reações à crise financeira internacional de 2008, o documento atualizou o ideário da Central sobre temas como emprego,
desenvolvimento sustentável e democracia participativa, e ressaltou os riscos do programa neoliberal, apresentando propostas como o reforço da
unidade de ação entre as Centrais Sindicais.
Segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em relação ao 1º Congresso, em 1991, o 6º Congresso apresentou um crescimento de 41% no número de congressistas e de 17% no número de entidades.
*Carolina Maria Ruy é jornalista, coordenadora de projetos do Centro de Cultura e Memória Sindical