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Memória Sindical

“Memória” conta histórias de luta por democracia

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Memória Sindical

“Memória” conta histórias de luta por democracia

Algumas passagens do século 20 sobre as lutas dos trabalhadores

memória

No ano de 2015, a coluna “Memória Sindical” tratou de temas importantes, nacionais e internacionais: apresentou dois artigos sobre as conclusões do GT dos trabalhadores na Comissão Nacional da Verdade, lembrou os “60 anos do Dieese” e os “35 anos do Diesat”, falou do poeta Bertolt Brecht, no ensejo dos “80 anos do poema Perguntas de um Trabalhador que Lê”, registrou os “110 anos da Revolução Russa de 1905”, ou o “Ensaio Geral”, e apresentou uma pesquisa inédita sobre uma “Greve na Metalúrgica Rheem, fábrica de latas, no ano de 1985”.

Mesmo aparentemente desconexos, estes temas se justificam em uma mesma coluna por abordarem elementos que tangem o universo do trabalhador. Mais do que isto, os temas têm em comum uma concepção política e estão situados em um período histórico pré e durante a guerra fria.

O socialismo no século 20
A Revolução de 1917, que instituiu o socialismo na Rússia e que, mais tarde, deu origem à União Soviética, foi precedida por um movimento que Vladimir Ilitch Lenin – um de seus maiores expoentes, se não o maior – chamou de “Ensaio Geral”.
Ocorrido em 1905, o movimento, protagonizado pelo recém-formado operariado urbano russo, reivindicava reformas democráticas e melhores condições de vida da população que, sob o império do czar, vivia em uma situação de extrema miséria, violência e sob repressão política.

Embora tenha sido reprimida naquele momento, a Revolução de 1905 assinalou o início da derrocada definitiva do czarismo, e foi uma espécie de prelúdio da Revolução Russa de 1917, que fortaleceu a ideologia socialista e a expandiu pelo mundo.

Um dos maiores entusiastas da Revolução, o poeta Bertolt Brecht, nascido em Augsburg, Alemanha, em 1898, tornou-se marxista quando atuou como enfermeiro em uma clínica militar em sua cidade natal durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918). No poema Perguntas de um Trabalhador que Lê, de 1935, ele condenou o fato de a história oficial desconsiderar o protagonismo das lutas sociais e exprimiu o que seria a “tomada de consciência” dos trabalhadores.

A expansão e o fortalecimento do socialismo entraram em choque com o sistema capitalista, representado, principalmente, pelos Estados Unidos da América após a 2ª Guerra Mundial (1939-1945). O advento da chamada “guerra fria” impôs uma divisão política do globo, e cada território dominado ideologicamente era fortemente defendido pelos protagonistas da ordem bipolar: EUA e URSS. Foi neste contexto que se desenvolveu a ditadura militar brasileira, alinhada aos Estados Unidos, investigada pela Comissão da Verdade.

Repressão no Brasil
A conclusão fundamental da Comissão foi que, entre 1946 e 1988, período estudado (a ditadura militar foi de 1964 a 1985), os trabalhadores brasileiros foram vítimas de um sistema repressivo, marcado por casos recorrentes de perseguição, arrocho salarial e violência, que visava instituir uma política econômica atrelada ao FMI.

Durante este período foram criados o Dieese e o Diesat, pelo movimento sindical, como instrumentos para fortalecer a luta da classe trabalhadora. E foi com essa mentalidade, já no limiar do fim da ditadura, em 1985, que aconteceu, na fábrica paulistana Rheem, um episódio emblemático da contradição entre capital e trabalho.

Naquela época, a Rheem tinha um alto índice de trabalhadores com membros “mutilados” nas máquinas porque, segundo diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, a fábrica, para pagar menos, contratava trabalhadores como ajudantes e os fazia operar prensas, sem treinamento. Além disto, a metalúrgica não oferecia aos seus funcionários a possibilidade de ascender na carreira, a chamada “equiparação salarial”, nivelando os salários ao valor mais baixo.

Os trabalhadores, apoiados pelo Sindicato, entraram em greve após várias tentativas frustradas de acordo. Além de condenar as condições de trabalho na fábrica, os metalúrgicos, liderados na época por Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão, decidiram que era hora de se voltarem contra a famigerada Lei 4.330, a lei antigreve. Segundo esta lei, mesmo naquela situação, a paralisação dos trabalhadores da Rheem não era legal.

Como a única saída era apelar, os sindicalistas resolveram “jogar ovos” nos juízes quando eles considerassem a greve ilegal (o que já era esperado). Assim, no dia 4 de setembro de 1985, quando o juiz Nelson Medeiros proclamou que aquela greve era ilegal, uma intensa revolta agitou os trabalhadores, que manifestaram seu repúdio contra tal decisão.

Desgastada e desmoralizada, a Lei de Greve 4.330 foi completamente modificada na Constituição de 1988, que dispôs, em seu art. 9º, que: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

O caso da Rheem é análogo à situação do povo oprimido da Rússia czarista, traz o trabalhador protagonista das lutas sociais de Bertolt Brecht, é exemplo da repressão investigada pela Comissão Nacional da Verdade e ilustra, também, a razão de ser do Dieese e do Diesat.

A guerra fria acabou oficialmente em 1991, com o fim da União Soviética. Um longo período de recessão econômica marcado pela ascensão do neoliberalismo se desenvolveu então. A reação a esse período amargo foi sentida na entrada do século 21, quando se iniciaram novas histórias.

*Carolina Maria Ruy é jornalista, coordenadora de projetos do Centro de Cultura e Memória Sindical

O texto foi publicado na edição nº 102 do Jornal da Força Sindical. Confira a íntegra do jornal clicando no link

Fonte: Carolina Maria Ruy

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