A sociedade brasileira não pode aceitar calada a pressão, por conta principalmente dos donos das escolas particulares, pelo retorno das aulas presenciais em plena pandemia.
Devemos exigir que os governos estaduais e municipais não aceitem esta pressão e recuem em suas precipitadas e irresponsáveis decisões.
Um retorno agora, conforme avaliam especialistas, ampliará a disseminação do coronavírus e poderá causar dezenas de milhares de mortes entre os profissionais da Educação, os estudantes, jovens e crianças, e as pessoas com quem eles convivem em casa.
Pois, por mais que os protocolos de prevenção e distanciamento sejam rígidos nas escolas, é muito difícil evitar que entre os estudantes, principalmente as crianças, não hajam o contato físico, os naturais descuidos com a higiene e, por exemplo, a troca lúdica de máscaras.
Os mercantilistas do ensino sabem disso. Porém, em defesa do retorno das aulas presenciais agora, aparecem por aí, na mídia, alegando prejuízos no aprendizado dos alunos: mas na verdade estão é preocupados com os seus prejuízos econômicos.
Chega de mortes! O Brasil, perante um governo federal irresponsável, que fez pouco caso das orientações científicas e médicas de combate ao vírus, já se aproxima neste mês de agosto dos trágicos 100 mil mortos pelo Covid-19.
Se os prefeitos e governadores sob pressão do mercado insistirem no retorno presencial das aulas agora, em plena pandemia ainda descontrolada, estarão sendo tão genocidas quanto o presidente da República.
Na sexta, 7 de agosto, as centrais sindicais farão um Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos.
E um dos objetivos desta mobilização será exatamente este: o de "Repudiar a iniciativa de prefeitos e governadores que já planejam e até fixaram data para retorno presencial dos alunos às aulas. Atitude que os iguala ao genocida Bolsonaro".
Contamos com uma presença maciça, mesmo que de forma remota, on-line, pelas mídias digitais, nesta grande ação do sindicalismo brasileiro para toda a sociedade brasileira. Participe!
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes