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Rio de Janeiro (RJ): Já tem gente dizendo que morar em favela é bom
terça-feira, 12 de junho de 2012
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Afirmando que uma favela é motivo de vergonha, o parlamentar ironizou as vozes que já dizem ser bom morar em uma delas. Ele acusou o desperdício do gasto superior a um bilhão de reais no Complexo do Alemão, após alardeada ocupação das forças de segurança, demonstrando que a aplicação dos mesmos recursos na construção de casas no valor de R$ 50 mil a unidade, seria possível levantar 20 mil novas moradias, o que – conforme disse – significaria o surgimento de outro bairro, em padrões decentes de habitação. Na Mangueira, o investimento de R$ 280 milhões permitiria a edificação de novas quatro mil casas, revitalizando a face do bairro.
O deputado condenou o que chamou de “ditadura da mídia”, ao se referir à invasão de tanques de guerra cercando os excluídos, que foram tratados como animais, segundo afirmou.
Paulo Ramos fez duras críticas à nova metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que define favela como “Aglomerados Habitacionais Sub-Normais” e considera o trabalhador que ganha dois salários mínimos como membro de uma nova classe média. Nesse momento, Ramos citou a favela da Rocinha como local de grande incidência de tuberculose em virtude da precariedade do ar e das condições gerais de infraestrutura.
Ao lembrar que na Europa a água não é cobrada, por ser um princípio básico da vida, Paulo Ramos lamentou a declaração da Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, feita em 05|06, que comemorou o menor índice de desmatamento dos últimos 23 anos. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia Legal teve 6.418 quilômetros quadrados de floresta desmatada entre agosto de 2010 e julho de 2011, o equivalente a quatro vezes a cidade de São Paulo.
Profetizando que “ou morre o capitalismo ou morre a terra”, o pedetista apresentou uma sugestão para os sindicalistas. Para ele, é preciso estabelecer um programa de metas em que o beneficiário seja o cidadão, advertindo que “o trabalhador deve ser radical e não fazer concessão aos capitalistas”.