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Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho: uma data de reflexão e muitas exigências
quinta-feira, 24 de abril de 2014
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A insegurança, responsável por tantos acidentes e doenças, que o trabalhador enfrenta em seu ambiente profissional é tanta que, em todo o mundo, o dia 28 de abril, foi consagrado como o Dia em memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. A data, muito mais do que uma homenagem, é uma oportunidade que temos para refletir e nos conscientizar sobre os riscos que nossa atividade profissional pode trazer para nós física e psicologicamente.
Todo trabalhador tem o direito de ter conforto e segurança em sua jornada diária. Assim, faz-se responsabilidade do empregador proporcionar condições que garantam que o exercício do trabalho e o espaço físico não acarretem dano na saúde ou bem-estar do profissional.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho ocorrem por ano em todo o mundo. Destes, aproximadamente 2,2 milhões resultam em morte. Em nosso país, o desrespeito e descumprimento de regras básicas de segurança dos trabalhadores, péssimas condições do espaço físico e o processo de trabalho acarretam 1,3 milhão casos por ano. Ainda segundo o estudo da OIT de 2012, o Brasil ocupa o 4º lugar no mundo no ranking de número de mortes devido o trabalho, perdendo apenas para China, Estados Unidos e Rússia.
Os dados comprovam o desrespeito de patrões com o Serviço Obrigatório de Segurança e Medicina do Trabalho, instituído no Brasil, em 1972, que rege o cumprimento de normas de segurança e saúde do empregado.
O que o Sindicato dos Servidores de Osasco e Região (Sintrasp) observa durante o acompanhamento do dia a dia dos servidores é a falta de respeito de algumas prefeituras, que adotam o mínimo de medidas de segurança ao trabalhador e deixam o ambiente profissional em estado crítico. O último caso que vimos foi no Hospital Central Municipal de Osasco. Além do acúmulo de trabalho enfrentado pelos servidores, há falta de produtos para higienização do local e de cuidados com a saúde do trabalhador.
Por esse e outros casos que acompanhamos durante todo o ano, o Sintrasp pede ao servidor que se negue a trabalhar em condições que comprometam sua segurança e procure o Sindicato para a tomada das devidas providências. Além disso, lembramos aos patrões que a queda de produtividade devido doenças e acidentes de trabalho e implicações legais são mais caras do que o investimento em programas de segurança e saúde no trabalho.
Antonio Rodrigues (Toninho do Caps), Vice-presidente do Sintrasp e Coordenador de Saúde e Segurança do Trabalhador da FESSPMESP