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Geração de emprego e renda é o caminho para vencer a crise
quinta-feira, 31 de março de 2016
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O atual cenário econômico do país é uma discussão que tem dado muito “pano pra manga” em todos os setores da sociedade. Não podemos negar que a crise atingiu segmentos essenciais para o desenvolvimento do país, contudo, também não podemos esquecer que este cenário é indissociável da crise política que, por sua vez, tem alvos definidos, ainda que ocultos, um deles é desfazer os avanços conquistados pelos trabalhadores.
Nos últimos anos no Brasil, nada foi mais importante que a redução do desemprego, o crescimento dos salários e a melhoria da distribuição de renda. Vários elementos contribuíram para esses resultados, mas a base desse movimento foi uma dinâmica de crescimento econômico fortemente sustentada pelo mercado interno de consumo com importante participação do comércio nessa trajetória.
A relevância e contribuição do setor do comércio para a economia pode ser vista através da expressiva força de trabalho, do consumo das famílias, do desempenho das vendas nos últimos anos, da contribuição na composição do PIB e do montante de arrecadação tributária gerada. Ainda que tenha havido desaceleração das vendas no ultimo ano, o comércio gaúcho acumulou crescimento de 51,5% de 2006 a 2015, conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio realizada pelo IBGE. E setores como hiper e supermercados e farmácias, registraram abertura de novos postos de trabalho.
Nesse contexto, não há milagre, a saída para a crise não está no corte de gastos, penalizando políticas sociais, salários e aposentadorias, mas sim no crescimento. A matemática parece muito lógica, ou seja, a renda deve vir do trabalho e da produção e não do mercado financeiro por meio das elevadas taxas de juros. Por isso a geração de emprego e renda deve estar no centro da política econômica.
A ampliação do nível de renda das famílias pode abreviar o atual período recessivo do ciclo econômico, porque possibilita a melhora da distribuição de renda e dos níveis de consumo. Evita, assim, que o empobrecimento das famílias alimente e prolongue o processo recessivo que gera um ciclo negativo para o desenvolvimento.
Por isso é que o Sindec tem se comprometido cada vez mais com a manutenção das conquistas já alcançadas para a categoria e com a busca de novas alternativas junto aos empresários para garantir os postos de trabalho no comércio. Atravessar este período nebuloso é uma tarefa que será mais fácil se feita com união. Vamos à luta!