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O movimento dos jovens brasileiros tem força para mudar este país
segunda-feira, 29 de julho de 2013
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Pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), dia 22 de julho, mostra que, para 63,5% dos jovens brasileiros com idade entre 15 e 29 anos, ter um governo honesto e atuante é uma prioridade. Essa pesquisa aconteceu no mês e maio, antes das manifestações e também mostrou que, para 40,9% dos jovens, o transporte coletivo é outra prioridade.
Em 17 de junho, os protestos por conta do aumento da tarifa do transporte alcançaram diversas cidades brasileiras e culminaram com a tomada do teto do Congresso Nacional pelos manifestantes de Brasília; poucos dias depois, em 20 de junho, a multidão que saiu para protestar foi estimada em mais de 1,2 milhão de pessoas em todo o país e ao problema do transporte somaram-se outros que tiram a tranquilidade do brasileiro.
Todas as gerações demonstraram que não estão satisfeitas nem conformadas com o “status quo” político social atual e participaram das manifestações, mas, sem dúvida alguma, a parcela de jovens foi predominante.
Nossos jovens estão assumindo o papel principal neste contexto histórico, um lugar de direito, uma vez que nos próximos anos serão a maior força de trabalho da historia do país, chegando ao impressionante número de 50 milhões de pessoas, 26% da população, até 2025.
Para os políticos “da hora”, um contingente de votos que irá mudar a cara da democracia brasileira. E, não apenas votos que depois de contabilizados não são capazes de fazer os parlamentares resistirem aos apelos do poder que corrompe, mas também uma força participativa, capaz de vigiar, exigir honestidade, transparência, resultados e punições.
Entretanto, encastelados no planalto, muitos parecem não se dar conta da dimensão destes dados. Neste mês, depois de alguns dias tentando mostrar serviço, o Congresso tenta voltar à “sua normalidade”, deixando de lado as prioridades apontadas pelos movimentos nas ruas, afastando-se de novo da sociedade, para tentar gerir apenas seus interesses. Não é uma atitude saudável. O movimento dos jovens não vai cessar, haja vista as manifestações diárias que continuam ocorrendo pontualmente pelo país; essa geração está disposta a mudar a cara do Brasil e não vai desistir antes de conseguir!
Jaime Porto, presidente do Sindicato dos Práticos de Farmácia de Santos e Região, Sinprafarmas