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Querem acabar com a Previdência no Brasil
quinta-feira, 7 de abril de 2016
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A Previdência Social envolve milhões de pessoas e bilhões de reais. Se para o cidadão ela representa um justo amparo social no momento de encerrar o ciclo de trabalho, depois de contribuir uma vida inteira; para o sistema financeiro, são apenas números de um novo mercado que poderá ser um dos mais lucrativos, já que a expectativa de vida aumenta e a população de idosos cresce ano a ano.
E quem manda nos países: os políticos ou o sistema financeiro? É a política que comanda o capital ou o capital que determina e influencia as ações políticas? O poderio econômico das grandes corporações, dos banqueiros e do capital especulativo age nas sombras, em busca de novos mercados.
Depois dos sucateamentos da Educação e da Saúde no Brasil, quase que obrigando as pessoas a contratarem serviços privados para contarem com atendimentos dignos, agora a bola da vez parece ser a Previdência Social. Se a Reforma da Previdência, proposta pelo governo, passar no Congresso Nacional, assistiremos a mais um desmanche de um dos maiores patrimônios do trabalhador brasileiro.
Dentre as propostas do governo para a Reforma estão a implantação da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e a diminuição dos valores dos benefícios para nos casos de pensões por morte.
A idade mínima de 65 anos penalizará os menos favorecidos, pois os filhos dos pobres sempre começam a trabalhar mais cedo e há ainda situações complexas de serem resolvidas, como: será que um cidadão com idade avançada teria forças físicas para trabalhador na construção civil ou em uma linha de montagem até os 65 anos?
No caso das pensões por morte estão piorando o que já ficou ruim depois da implantação da Medida Provisória 664, que se transformou na Lei 13;135/15, em que praticamente estabeleceu “uma data para morrer” e o tempo para o recebimento do benefício. Com a reforma, além da data de morte, querem reduzir as pensões para 60%, com adicionais de 10% para cada filho menor de 21 anos. Na prática, é precarizar a vida de milhões de pessoas.
Como se vê, a Reforma pretende suprimir e retirar direitos, fazendo com que mais pessoas migrem para a aposentadoria de um salário mínimo, atuais R$ 880, valores que tornam o ato de aposentar-se em verdadeira sobrevivência.
O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos é totalmente contra a Reforma da Previdência, que o governo pretende enviar em maio para votação no Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal). Não dá para permitir que acabem com mais uma grande conquista do povo brasileiro. Aproveito para convidar a todos a participarem das ações do Sindicato, associando-se e lutando com a gente para assegurar e garantir os nossos direitos!
Carlos Ortiz é presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical