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Trânsito mata 34 mil e custa R$ 28 bi por ano
terça-feira, 16 de outubro de 2007
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Os mais de 40 milhões de motoristas brasileiros estão envolvidos na morte de mais de 34 mil pessoas por ano. Ou seja, 93 mortes por dia ou 2.833 mortes por mês. Ou o pior: 1 morte a cada 15 minutos. Se você consumir meia hora na leitura deste jornal, poderá contabilizar a perda de duas vidas. Com conseqüências trágicas para as famílias e para o País.
Os custos anuais de acidentes de trânsito no Brasil, estimados pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), ficam em R$ 28 bilhões. De acordo com dados da ANTP, com base na média entre os anos de 2003 e 2006, o trânsito brasileiro deixa por ano 34 mil mortes; 100 mil pessoas com deficiências temporárias ou permanentes e 400 mil feridos.
A tragédia do trânsito brasileiro supera, muitas vezes, as calamidades de guerras. O que nos obriga, desde já, a adotar soluções que envolvam todos os setores da sociedade para se estancar essa hemorragia de vidas.
A regra básica e simples é respeitar a vida que é transportada pelos veículos. Por isso, é essencial que o carro, o ônibus e o caminhão respeitem os motociclistas. E que todos respeitem o ciclista e o pedestre.
O pedestre, por sua vez, deve se esforçar ao máximo para ser educado no trânsito, ou seja, atravessar na faixa e nas passarelas, quando o sinal estiver fechado para os veículos.
O trânsito brasileiro elimina jovens, adultos e idosos por absoluta falta de conscientização. Vamos acordar e insistir para que esta carnificina seja discutida nas escolas, nas comunidades e nas assembléias sindicais.
Todos nós queremos um carrinho. Mas chegou a hora de termos um veículo que garanta, além do transporte, o prazer do turismo e do lazer. E não a interrupção repentina das nossas vidas, levando nossos filhos, a gente mesmo ou nossos pais para o cemitério.
A solução virá de atitudes que são alimentadas dentro das escolas. E não na repressão ou com excesso de multas. Tanto é que neste mês se comemora os dez anos do Código Brasileiro de Trânsito. Que chegou falando grosso, multando e pontuando as carteiras dos infratores. Mas que, infelizmente, ainda deixa um saldo vergonhoso de mortes.
Cícero Firmino, o Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André