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O Auditório da sede da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos SP e Mogi, recebeu na tarde desta o 10º Seminário da Federação Interestadual dos Propagandistas, presidido por Luis Marcelo Ferreira. Estavam presentes na abertura do evento diversas lideranças de vários estados, entre eles, Amazonas, Alagoas, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A direção nacional da Força Sindical estava representada pelo vice-presidente da Central, Sergio Luiz Leite; o secretário-geral, João Carlos Gonçalves (Juruna) e o secretário de Relações Sindicais, Geraldino dos Santos Silva. O presidente da Força Sindical SP, Danilo Pereira da Silva e o coordenador da Regional Campinas, Carlos Ferreira, também estava na abertura do encontro. O evento será realizado nos dias 16, 17 e 18 de outubro e faz parte das atividades para comemorar os 10 anos da Federação.
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É hora de arregaçar as mangas e focar em 2026
segunda-feira, 14 de outubro de 2024
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A vida é uma escola, portanto, é importante aprendermos com os tropeços para evitar equívocos no futuro. O movimento sindical foi fundamental para a manutenção da democracia e a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A união de forças venceu o retrocesso e a desesperança. Mas a luta é contínua, companheiros! Temos que aprender a lidar com os nossos fantasmas e nos preparar para as batalhas invisíveis.
Com o resultado das eleições municipais, podemos fazer algumas reflexões sobre o cenário que se apresenta para o ano de 2026. A polarização que marcou as eleições de 2022 perdeu espaço para o conservadorismo, o poder econômico da máquina administrativa e o imaginário do eleitor.
Os partidos de centro-direita e direita conquistaram a maioria das prefeituras. A participação da esquerda no poder executivo dos municípios caiu pela metade em comparação ao pleito de 2012. Com as urnas fechadas, PT, PDT, PSB, PCdoB e PSOL conquistaram menos de 27% das prefeituras.
O número de negros, pardos e mulheres eleitos para cargos no executivo e legislativo municipal cresceu, mas ainda não retrata a realidade da sociedade brasileira. Pela primeira vez desde que o Tribunal Superior Eleitoral iniciou a coleta de dados dos candidatos, 480 cidades terão prefeitos negros, o que representa menos de 9% do total de municípios brasileiros.
O resultado das urnas indica que as oligarquias, que detém o poder econômico, continuam no comando. A direita obteve uma vantagem significativa nas cidades impulsionadas por emendas parlamentares nos últimos anos. O Congresso está se organizando para as próximas eleições, em que cada parlamentar irá buscar apoio em seu reduto eleitoral. E nós? O que estamos fazendo?
É preciso investir na educação, conscientização e politização dos trabalhadores e grupos vulneráveis para superar a guerra ideológica e a polarização. Devemos estar preparados e afinados para enfrentar as dificuldades que surgirão, uma vez que a direita tem atraído cada vez mais eleitores com circo e bizarrices.
As redes sociais assumiram o papel de formar opinião, o que antes era exercido por sindicatos, universidades, partidos, institutos e ONGs. O acesso à internet permitiu a disseminação da desinformação, o que resultou na criação de diversas lideranças políticas que adotam como bandeira política as pautas de costumes.
A percepção do brasileiro mudou. A classe média encara o empreendedorismo como uma empresa, enquanto os pobres veem a informalidade, sem qualquer tipo de proteção trabalhista e previdenciária, como um emprego. Há um interesse claro: a exploração pelo lucro.
O movimento sindical precisa fazer o seu dever de casa. Os Sindicatos, Federações, Confederações e Centrais Sindicais devem investir na formação e qualificação dos dirigentes e assessores. Precisamos reconhecer nossos erros para construir um pensamento que nos identifique e nos aproxime dos trabalhadores e da sociedade.
Temos muito trabalho pela frente e o tempo é curto. Mãos à obra, companheiros!
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas