Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
28 ABR 2025

Imagem do dia

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Direitos Humanos e Cidadania

M.Officer pode ser primeira impedida em SP após caso de trabalho escravo

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Direitos Humanos e Cidadania

M.Officer pode ser primeira impedida em SP após caso de trabalho escravo

Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho, mas a aplicação da Lei Paulista de Combate à Escravidão poderá fazer a holding M5 Têxtil, dona das grifes M.Officer e Carlos Miele, perder por dez anos o direito de vender qualquer produto no Estado de São Paulo.
m.officerCrédito: Divulgação

Denunciada pelo Ministério Público do Trabalho em ação civil pública, após uma diligência ter flagrado oficinas com etiquetas da marca empregando operários em regime de trabalho análogo à escravidão, a empresa é a primeira do segmento de moda a sofrer esse tipo de punição desde que a lei, de autoria do deputado Carlos Bezerra Jr. (PSDB), foi regulamentada em 2013.

A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo acompanhou a sentença em primeira instância, que obriga a M5 a pagar R$ 4 milhões em indenização por dano moral coletivo, e acrescentou à pena outros R$ 2 milhões por dumping social, quando uma empresa obtém vantagens diante da concorrência ao reduzir custos de produção por meio da subtração de direitos trabalhistas.

Na ação movida pelo MPT, em 2014, que se seguiu a um pedido de bloqueio de R$ 1 milhão dos bens da empresa, em 2013, e que foi indeferido posteriormente pela Justiça do Trabalho, os procuradores calcularam indenização de R$ 10 milhões, sendo R$ 7 milhões por danos coletivos e R$ 3 milhões por dumping social.

Prevista na lei paulista, a perda do registro de ICMS solicitada na ação do MPT-SP tem efeito após decisão colegiada, que aconteceu na última terça-feira (8), no julgamento da segunda instância.

A pena não tem prazo definido para ser aplicada e depende dos recursos que a defesa pode solicitar ao TST, como análise da pena aplicada. As provas do caso, no entanto, não são revistas nessa fase.

"[O resultado da ação] é uma sinalização clara de que a prática de trabalho escravo urbano não é aceita e as consequências são duras. Acredito que marcas e confecções vão olhar com outros olhos a responsabilidade sobre sua produção. O entendimento que terceirizá-la e pulverizá-la blinda o contratante é ultrapassada", afirma o procurador Rodrigo Castilho, responsável pelo caso.

SUBCONTRATAÇÃO

A falta de responsabilidade sobre subcontratados é o argumento de várias empresas que tiveram peças de suas coleções flagradas em confecções diligenciadas pelo MPT. No caso da M5, a empresa alega que as peças da M.Officer foram vistas em uma oficina contratada por um dos fornecedores, e não pela empresa.

No entanto, planilhas e moldes de roupas anexados aos autos derrubaram a tese de que ainda que não houvesse contato direto entre a confecção e a M5, ela era responsável por parte do faturamento e respondia pelas jornadas exaustivas às quais os trabalhadores eram submetidos.

"Esse tipo de argumento, muito comum em casos de confecções flagradas, é frágil. No caso da M.Officer, havia pacotes de aviamentos e etiquetas, então entendemos que a linha de produção era da marca", explica Castilho.

Procurados pela reportagem, nem os advogados, nem a M5 Têxtil e seu dono, o estilista Carlos Miele, responderam aos pedidos de entrevista.

À ONG Repórter Brasil, a assessoria da empresa respondeu que irá recorrer da sentença e questionou, por meio de um arquivo em PDF, a apuração dos procuradores e as provas colhidas.

A nova decisão da Justiça foi vista por advogados como um apoio à liminar concedida no fim de outubro pela ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal) suspendendo os efeitos da portaria do governo Michel Temer que flexibiliza as regras para a fiscalização do trabalho escravo.

"O próprio desembargador cita isso no acórdão. Essa decisão se relaciona com o momento político que o Brasil vive, de debate sobre o trabalho escravo. Ela mostra a preocupação do Judiciário com a precarização das condições de trabalho", diz a advogada Mayra Palópoli, sócia do escritório Palópoli e Albrecht.

Em meados de outubro, o Ministério do Trabalho publicou uma portaria com regras que dificultam o acesso à chamada "lista suja" de empregadores flagrados por trabalho escravo no país. O texto também altera o modelo de fiscalização e abre brechas que podem dificultar a comprovação e punição desse tipo de crime. A medida está suspensa temporariamente por decisão liminar da ministra Rosa Weber.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou nesta quarta-feira (8), que ainda neste mês, será publicada nova portaria com mudanças nas regras para inspeção do trabalho escravo.

A decisão desfavorável à M.Officer vem às vésperas da entrada em vigor da reforma trabalhista, que acontece no próximo dia 11, e em um contexto de legislação mais flexível ao empregador, mas o cenário não muda para a empresa de moda.

Fernando Peluso, professor de Direito Trabalhista do Insper, afirma que as novas regras de terceirização no Brasil não interferem na responsabilização da empresa que contrata serviços terceirizados.

"O que está mudando com a regra de terceirização é que você passa a poder terceirizar a atividade fim. Mas a responsabilidade do tomador de serviços não se altera", diz o professor.

Fonte: Folha de S. Paulo

Últimas de Direitos Humanos e Cidadania

Todas de Direitos Humanos e Cidadania
Sindicatos retiram kit do 1º de Maio na sede da Força Sindical
1º de Maio 28 ABR 2025

Sindicatos retiram kit do 1º de Maio na sede da Força Sindical

Trabalho doméstico remunerado; estudo produzido por DIEESE
Imprensa 28 ABR 2025

Trabalho doméstico remunerado; estudo produzido por DIEESE

Entidades lançam novo manifesto em Ato e Canto Pela Vida
Força 28 ABR 2025

Entidades lançam novo manifesto em Ato e Canto Pela Vida

Fraude no INSS: 9 das 11 entidades investigadas foram criadas nos governos Temer e Bolsonaro
Força 28 ABR 2025

Fraude no INSS: 9 das 11 entidades investigadas foram criadas nos governos Temer e Bolsonaro

FEQUIMFAR sedia seminário sobre política industrial e transição justa no setor de mineração
Força 25 ABR 2025

FEQUIMFAR sedia seminário sobre política industrial e transição justa no setor de mineração

Alesp promove seminário sobre redução da jornada; assista
Força 25 ABR 2025

Alesp promove seminário sobre redução da jornada; assista

Sindicalistas, empresários e governo debatem mudanças na NR-1
Força 25 ABR 2025

Sindicalistas, empresários e governo debatem mudanças na NR-1

Após Marcha, Lula receberá Centrais, dia 29/4, em Brasília
Força 25 ABR 2025

Após Marcha, Lula receberá Centrais, dia 29/4, em Brasília

Frentistas do RJ retomam negociação salarial na próxima semana
Força 25 ABR 2025

Frentistas do RJ retomam negociação salarial na próxima semana

Conatenf segue ouvindo demandas dos profissionais
Força 24 ABR 2025

Conatenf segue ouvindo demandas dos profissionais

Servidores Públicos realizam 10º Seminário; acompanhe
Força 24 ABR 2025

Servidores Públicos realizam 10º Seminário; acompanhe

Força Sindical afirma apoio ao Sindnapi e à “operação sem desconto”
Força 24 ABR 2025

Força Sindical afirma apoio ao Sindnapi e à “operação sem desconto”

Diesat realiza 1º Congresso Nacional de Saúde do(a) Trabalhador(a)
Saúde e Segurança 24 ABR 2025

Diesat realiza 1º Congresso Nacional de Saúde do(a) Trabalhador(a)

Sindicalistas da Força intensificam organização do 1º de Maio
1º de Maio 24 ABR 2025

Sindicalistas da Força intensificam organização do 1º de Maio

Vídeos 24 ABR 2025

Presidente da Força fala sobre o 1º de Maio no Hora da Bóia

Justiça confirma legitimidade do SINPOSPETRO-RJ na defesa dos trabalhadores
Força 24 ABR 2025

Justiça confirma legitimidade do SINPOSPETRO-RJ na defesa dos trabalhadores

Vídeos 24 ABR 2025

Pauta da Classe Trabalhadora será atualizada e apresentada em Brasília, dia 29

Uma metáfora
Artigos 24 ABR 2025

Uma metáfora

Metalúrgicos da Metalesp conquistam acordo salarial
Força 24 ABR 2025

Metalúrgicos da Metalesp conquistam acordo salarial

1º de Maio Unificado volta à Praça Campo de Bagatelle (SP)
1º de Maio 24 ABR 2025

1º de Maio Unificado volta à Praça Campo de Bagatelle (SP)

Nota do Sindnapi sobre irregularidades no INSS
Força 23 ABR 2025

Nota do Sindnapi sobre irregularidades no INSS

Sindicalistas da Força participam do 14º Fórum Sindical dos BRICS
Força 23 ABR 2025

Sindicalistas da Força participam do 14º Fórum Sindical dos BRICS

Ministério da Saúde e COFEN: fortalecer a enfermagem no Brasil
Força 23 ABR 2025

Ministério da Saúde e COFEN: fortalecer a enfermagem no Brasil

Presidente da Força vai ao Podcast do Ramalho da Construção; confira
Força 23 ABR 2025

Presidente da Força vai ao Podcast do Ramalho da Construção; confira

Os verdadeiros vilões da política fiscal
Artigos 22 ABR 2025

Os verdadeiros vilões da política fiscal

Sindnapi lamenta o falecimento do Papa Francisco
Força 22 ABR 2025

Sindnapi lamenta o falecimento do Papa Francisco

Seminário do servidor público visa fortalecer luta do setor
Força 22 ABR 2025

Seminário do servidor público visa fortalecer luta do setor

Vídeos 22 ABR 2025

1º de Maio: dia de luta e reflexão

Entrevista Coletiva: Ato e Canto Pela Vida
Força 22 ABR 2025

Entrevista Coletiva: Ato e Canto Pela Vida

Luto: Morre o sindicalista Benedito Marcílio!
Força 22 ABR 2025

Luto: Morre o sindicalista Benedito Marcílio!

Aguarde! Carregando mais artigos...