Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Imprensa

Pedro II (PI): Exploração de opala garante 1º emprego e renda a famílias

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Imprensa

Pedro II (PI): Exploração de opala garante 1º emprego e renda a famílias

Pedro II vive da agricultura e da exploração da opala e venda das joias. Em alta qualidade, pedra é encontrada apenas no Piauí e na Austrália.

No passado, o garimpo da opala no interior do Piauí não garantia mais que um ano de renda para os trabalhadores da região, já que o dinheiro da exploração desordenada da pedra costumava ser gasto com a mesma facilidade com que era retirado das minas.

Mas, nos últimos cinco anos, o que era “perdição” para muitos garimpeiros virou negócio em Pedro II. Por ano, a cidade vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo. E só 10% dos recursos minerais que existem no município foram explorados.

Desde a extração da opala, encontrada em alta qualidade apenas no Piauí e na Austrália, até o design das peças passa pelas mãos dos pedro-segundenses, permitindo que muitos vivam só disso. Na família de Osmarina Uchôa, 40 anos, o garimpo das pedras cabe ao seu marido e a criação das joias, à sua imaginação.

As perspectivas positivas da renda que a opala pode gerar estão estimulando jovens do pequeno município a investirem na venda das joias, ampliando o tamanho das lojas e procurando pontos com melhor localização, “para vender mais”. “Me mudei aqui para o centro há uns meses, já pensando no Festival de Inverno. Vem gente não só do Piauí, mas de vários estados. Eles ficam bem em frente da nossa loja, então conseguimos vender bastante. O estoque está cheio”, disse Wellington Rodrigues, 22 anos, sócio, com o seu irmão, da ALTA.L & Joias.

Dono de uma das maiores e mais antigas lojas da cidade, inaugurada em 1992, Juscelino Souza também é uma dessas pessoas que apostaram tudo o que tinham na opala, seguindo, de certa maneira, os passos do pai, que era garimpeiro. No ateliê onde produz as peças – desde a lapidação até a ourivesaria – o empresário emprega 18 funcionários. Para a maioria, é o primeiro emprego. Quando começou, eram só oito, mas, à medida que as pedras começaram a cair no gosto de estrangeiros, a joalheria teve de ser expandida. No início, 90% do que era produzido por Juscelino tinha a exportação como destino, chegando principalmente a França, Alemanha e Estados Unidos.

No entanto, nos últimos anos, a crise que vem atingindo esses países está fazendo com que o empresário comece a focar mais no mercado interno, que hoje responde por 80% do seu faturamento – que chega a R$ 500 mil por ano.

“Os brasileiros estão conhecendo e apreciando mais as joias feitas com pedra. E com o aumento do emprego e da renda, dessa classe C, as pessoas consomem mais. Foi o que garantiu que nossa produção se mantivesse”, disse o empresário, que afirmou ter registrado crescimento de 10% nos seus ganhos no último ano.

Quem está no ramo há mais tempo também começa a dividir o que aprendeu: como fabricar uma bela peça e administrar o próprio negócio. Antonio Márcio de Oliveira trabalha desde 1989 com lapidação de joias. Em 2000, abriu sua primeira joalheria, o Ateliê de Prata. Em 2004 formalizou-se e, neste ano, ampliou uma de suas duas instalações. Juntas, elas empregam dez funcionários e faturam R$ 220 mil por ano, de acordo com Oliveira. No Sebrae, o empresário capacita pessoas interessadas em receber orientações para serem bem sucedidas como ele.

Diante do aumento do número de lojas e de ateliês de produção das joias de opala – em 2005, eram 10 e hoje, chegam a 35 – o mercado de trabalho de Pedro II ficou mais aquecido, dando oportunidade para que jovens consigam seu primeiro emprego e se especializem na fabricação das peças.

Francisco Carneiro da Silva Filho, conhecido como Júnior, 24 anos, preferiu ficar longe das lavouras – a outra fonte de renda da população – e se dedicar à lapidação de pedras, o primeiro emprego e, conforme seu desejo, único, na área. “Faço cursos, busco sempre aprender mais. Mas não tenho vontade de sair daqui. Me criei aqui e é aqui que eu quero ficar”, contou Júnior.

Com direito à participação nos lucros da empresa onde trabalha, Marcos Vinícius de Sales Monteiro, 24 anos, diz não trocar a ourivesaria “por nada”. “Estou aqui há oito anos. Esse é o meu primeiro emprego, minha vida. Gosto do que faço e só quero progredir”, contou o jovem, enquanto mostrava uma peça à qual acabara de dar forma. Na loja onde é funcionário, as joias custam de R$ 30 a R$ 1 milhão.

Atrás do sucesso mais recente que tem vivido o comércio de Pedro II está o garimpo. Nas mãos desses homens tem início a primeira etapa do ciclo produtivo das joias de opala. Hoje, com a crescente e necessária legalização da exploração das minas, muitos abandonaram a atividade, segundo contam os trabalhadores.

No entanto, os que ainda insistem garantem que o esforço vale a pena. Antonio Ferreira Neto, 48 anos, chamado de Marola, é garimpeiro e lavrador desde os 17. Em Pedro II, conhecida como Suíça piauiense devido às temperaturas amenas que permitem o cultivo de legumes e hortaliças, a maioria das famílias que vivem do garimpo complementam a renda com a produção de suas pequenas lavouras.

“Quatro meses por ano, a maioria das pessoas está voltada à agricultura familiar e o restante do tempo a essas outras atividades”, disse Marcelo Morais, consultor do Projeto Gemas e Joias, do Sebrae no Piauí e Coordenador do Arranjo Produtivo Local da Opala.

Com sorte e muita insistência, há garimpeiros que já chegaram a ganhar R$ 60 mil em pedras em um mês, segundo contou o presidente da cooperativa dos trabalhadores, José Cícero da Silva Oliveira. Normalmente, o ganho não atinge essa cifra, mas a atividade tem se desenvolvido de forma sustentável, gerando perspectivas mais positivas para essa atividade. Hoje, são explorados, legalmente, cerca de 700 hectares, o equivalente a 7 milhões de metros quadrados.

“A exploração não é mais desordenada. Todos os trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios”, afirmou. No regime de cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados. “Mas se um encontra uma pedra maior, por exemplo, fica para ele. Se não fosse assim, não daria certo, né?”, ponderou.

A opala extra chega a custar quase quatro vezes mais que o ouro. Enquanto o grama do ouro é cotado por volta de R$ 80, o da opala, dependendo do tipo, o da opala pode ser vendido por até R$ 300. Tão valiosa é a opala que chama a atenção de grandes joalheiras no Brasil. Na Amsterdam Sauer, tradicional joalheria brasileira, presente nas principais metrópoles do mundo, por exemplo, a pedra de Pedro II sempre foi utilizada na produção e comercialização de suas joias, segundo a empresa.

Radiografia
A cidade de Pedro II fica no norte do Piauí, a 195 km da capital Teresina, e contabiliza, aproximadamente, 37.500 habitantes, segundo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O município tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e lojistas que vivem da opala, de acordo com dados do Sebrae do Piauí.

 

Fonte: Informações do G1

Últimas de Imprensa

Todas de Imprensa
Abono salarial: veja seu direito no app Carteira de Trabalho Digital
Força 19 DEZ 2025

Abono salarial: veja seu direito no app Carteira de Trabalho Digital

Carta alerta riscos ao FAT e cobra medidas urgentes
Força 18 DEZ 2025

Carta alerta riscos ao FAT e cobra medidas urgentes

Todo apoio a Padre Júlio Lancellotti
Força 18 DEZ 2025

Todo apoio a Padre Júlio Lancellotti

Instituto Meu Futuro encerra ano com festa e certificados
Força 17 DEZ 2025

Instituto Meu Futuro encerra ano com festa e certificados

Guarulhos: Seminário metalúrgico avalia 2025 e planeja 2026
Força 17 DEZ 2025

Guarulhos: Seminário metalúrgico avalia 2025 e planeja 2026

Metalúrgicos da Deca aprovam Convenção Coletiva 2025
Força 17 DEZ 2025

Metalúrgicos da Deca aprovam Convenção Coletiva 2025

Sindicalistas criticam GT de aplicativos composto por Boulos
Imprensa 17 DEZ 2025

Sindicalistas criticam GT de aplicativos composto por Boulos

Confira o calendário de 2026 para pagamento do abono salarial
Imprensa 17 DEZ 2025

Confira o calendário de 2026 para pagamento do abono salarial

Sinpospetro-RJ celebra 40 anos do Cesteh em debate na Fiocruz
Força 16 DEZ 2025

Sinpospetro-RJ celebra 40 anos do Cesteh em debate na Fiocruz

Federação dos Químicos de Goiás filia-se à CNTQ
Força 16 DEZ 2025

Federação dos Químicos de Goiás filia-se à CNTQ

Brasil e Argentina fortalecem unidade no setor pneumático
Força 16 DEZ 2025

Brasil e Argentina fortalecem unidade no setor pneumático

Mobilização em Porto Alegre defende fim da escala 6×1
Força 15 DEZ 2025

Mobilização em Porto Alegre defende fim da escala 6×1

GM Mogi das Cruzes é acusada de coagir e intimidar trabalhadores
Força 15 DEZ 2025

GM Mogi das Cruzes é acusada de coagir e intimidar trabalhadores

Cofen inaugura espaço e celebra avanço pela unificação da Enfermagem
Força 15 DEZ 2025

Cofen inaugura espaço e celebra avanço pela unificação da Enfermagem

Colônias de Férias do Sindnapi reúnem idosos do programa Turismo 60+
Força 15 DEZ 2025

Colônias de Férias do Sindnapi reúnem idosos do programa Turismo 60+

Redução da jornada e fim da escala 6×1 no debate sindical
Imprensa 15 DEZ 2025

Redução da jornada e fim da escala 6×1 no debate sindical

Todo apoio à greve dos petroleiros!
Força 15 DEZ 2025

Todo apoio à greve dos petroleiros!

Proteger os sindicatos é proteger o trabalhador; por João Carlos (Juruna)
Artigos 15 DEZ 2025

Proteger os sindicatos é proteger o trabalhador; por João Carlos (Juruna)

Força Sindical participa do lançamento do Brasil que Cuida
Força 15 DEZ 2025

Força Sindical participa do lançamento do Brasil que Cuida

Centrais e movimento sociais convocam atos nacionais em defesa da democracia
Força 12 DEZ 2025

Centrais e movimento sociais convocam atos nacionais em defesa da democracia

Força Sindical critica Portaria 204 e cobra diálogo
Força 11 DEZ 2025

Força Sindical critica Portaria 204 e cobra diálogo

Juntos somos fortes!
Artigos 11 DEZ 2025

Juntos somos fortes!

NOTA OFICIAL – CNTTT
Força 11 DEZ 2025

NOTA OFICIAL – CNTTT

Comparação das jornadas de trabalho no Brasil e na França
Imprensa 11 DEZ 2025

Comparação das jornadas de trabalho no Brasil e na França

Banco Central: vergonha nacional dá presentão aos especuladores
Força 10 DEZ 2025

Banco Central: vergonha nacional dá presentão aos especuladores

Dia Internacional dos Direitos Humanos reforça luta sindical
Força 10 DEZ 2025

Dia Internacional dos Direitos Humanos reforça luta sindical

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)
Artigos 9 DEZ 2025

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)

Centrais sindicais exigem queda urgente na taxa Selic
Força 9 DEZ 2025

Centrais sindicais exigem queda urgente na taxa Selic

Trabalhadores da Maggion aprovam reivindicações da Campanha Salarial 2026
Força 9 DEZ 2025

Trabalhadores da Maggion aprovam reivindicações da Campanha Salarial 2026

Sinpospetro-RJ define prioridades e reforça trabalho de base para 2026
Força 9 DEZ 2025

Sinpospetro-RJ define prioridades e reforça trabalho de base para 2026

Aguarde! Carregando mais artigos...