Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
29 ABR 2025

Imagem do dia

[caption id="attachment_69212" align="aligncenter" width="1024"]Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora[/caption]

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

O novo, o velho e o bobo

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Artigos

O novo, o velho e o bobo

Por: Paulo Moreira Leite

Procura-se minimizar o Dia Nacional de Luta convocado pelas centrais sindicais a partir de uma comparação cinematográfica com os protestos de caráter político ocorridos em junho. É uma comparação e indevida. A nova moda ideológica é falar em “velho” e “novo.”

Aquelas mobilizações tiveram clara natureza política, apontando, difusamente, para autoridades constituídas –… fosse o prefeito, o vereador, o guarda da esquina, o governador, a presidente da República e assim por diante. Eram formadas por uma massa de jovens, em sua maioria estudantes, com ideias diversas e até antagônicas. Sua direção era semi-secreta, movimentando-se por sites, vídeos e blogs da internet. Havia anarquistas, libertários e fascistas, que chegaram a carregar faixas pedindo a volta dos militares ao poder. Vídeos com audiência nos milhões de pessoas pediram boicote a Copa e até a suspensão de investimentos no país. Interessada em manter Dilma Rousseff sob pressão, os grandes grupos de mídia adoraram. Divulgaram datas e locais dos protestos como se prestassem um serviço para shows e peças de teatro.

Os protestos trouxeram benefícios palpáveis, como redução nas tarifas. Também obrigaram as instituições políticas a responder a demandas há muito tempo ansiadas pela população. Mas também deram curso a atos de demagogia e grande oportunismo. O Congresso Nacional transformou-se numa usina de projetos aprovados a toque de caixa, apenas para agradar a multidão.

Uma das principais questões colocadas pelas ruas – uma reforma de fundo em nosso sistema político – pode ser destruída, ponto a ponto, em negociações destinadas a bloquear a participação popular nas decisões. Velho? Novo?
O Dia Nacional de Luta foi um ato das lideranças de trabalhadores, que, como apontou o jornal espanhol El País, pela primeira vez em 22 anos foram às ruas numa mobilização nacional para defender seus interesses e cobrar providências do governo. Não foi um grande espetáculo nem um ato de ruptura com o governo Dilma, como gostaria a oposição.

Mas foi um aviso definido numa situação bem específica.

Em vários pontos de São Paulo, viveu-se um clima de feriado – ainda mais notável porque as linhas de ônibus e o metrô funcionaram normalmente. Os protestos em grandes empresas, no Paraná, em Goiás, foram vigorosos entre categorias importantes. Um ato reuniu 15 000 pessoas no Recife e 10 000 em Belo Horizonte. Ocorreram marchas em Cuiabá e em Brasília mas também em São Luís e Fortaleza. Quatro mil trabalhadores de São Bernardo do Campo desfilaram pela Via Anchieta. Se cabe registrar a denúncia de pagamento de ajuda de custo cachê recebido por manifestantes da avenida Paulista, convém não tomar a árvore pela floresta. A 25 de março, maior centro de comércio do país, foi paralisada, evento nada desprezível. O Rio de Janeiro assistiu a um protesto de 20 000 pessoas.

É preciso muito esforço para não enxergar sua importância.
No Brasil de 2013, os juros estão em alta, o crescimento econômico encontra-se em queda e os trabalhadores estão preocupados com o futuro de suas famílias. Ninguém sabe até quando o desemprego permanecerá baixo. Nem até quando os salários poderão subir sempre um pouco acima da inflação. Coisas “velhas”, com certeza. Mas imagine o “novo” que pode estar a caminho.

Antes de acreditar nos ideólogos que em menos de 24 horas descobriram a nova divisão do mundo e das pessoas, é bom lembrar que o trabalho assalariado não foi abolido, apesar do desemprego estrutural crescer em vários países e versões inesperadas de trabalho escravo terem surgido. Ter um bom emprego continua sendo a principal referência de existência e conforto para a imensa maioria da população, ao menos enquanto não for possível criar uma sociedade do lazer ampla e irrestrita.

As questões deste universo, do trabalho foram colocadas pela manifestação de ontem. Nada “novo,” é verdade. Mas dolorosamente real.

Os sindicatos pedem atenção às aposentadorias, questão essencial num país em processo acelerado de envelhecimento. Também denunciam as politicas de terceirização, que ameaçam progressos históricos obtidos a partir da CLT. Não querem o “novo”, se isso significa criar um mundo pior que o “velho.”

Enfraquecer as organizações do movimento sindical de todas as maneiras constitui um objetivo estratégico do conservadorismo brasileiro desde 1954, quando Getúlio Vargas foi arrancado do Catete pelo tiro do suicídio. Essa meta alimentou o golpe de 1964, e, com todas as nuances e correções, encontra-se por trás de campanhas permanentes contra o sindicalismo brasileiro nos dias de hoje. Como a CLT foi assinada em 1944, é vista como símbolo do “velho.” Mas era o “novo” em relação a 1930, quando a questão social era “caso de polícia.”
Novo, velho? Não vale fazer papel de bobo.

Convém não esquecer que o atual governo não foi gerado em gabinetes da FIESP nem em piqueniques acadêmicos mas tem raízes nas greves de trabalhadores dos anos 70.

E é evidente que dividir e enfraquecer o movimento sindical será um objetivo essencial da oposição para 2014, quando se joga a sucessão presidencial de Dilma Rousseff, desde já a mais difícil disputa política para os trabalhadores desde 2002.

A principal crítica que se faz aos protestos foi ter, supostamente, um caráter governista, de quem teria sido cooptado pelo governo em troca de favores e presentinhos. Em tom de lamúria, lamenta-se que o sindicalismo tenha perdido a vocação “autentica” para assumir velhas práticas de conciliação e submissão. Numa versão verde-amarela da estratégia thatcherista de deixar as entidades sindicais sem recursos, estrangulando sua atividade pela falta de dinheiro, volta-se a criticar o imposto sindical, que todo trabalhador pode se recusar a pagar, sendo devidamente estimulado a fazer por funcionários de RH de grandes empresas.

Falar em “acomodação” e “peleguismo” é uma ação de fundo eleitoral, para ajudar aquele “novo” que ninguém sabe quem será. Tenta-se, com ela, esconder benefícios reais conseguidos nos últimos anos.

A maioria dos trabalhadores votou na eleição de Dilma em 2010, assim como assegurou as duas eleições de Lula. Obteve conquistas importantes, ainda que o país não tenha, obviamente, chegado ao paraíso.

A renda média do cidadão brasileiro continua muito baixa. O salário médio não permite à maioria dos brasileiros ter acesso a bens e confortos que são padrão neste início de século XXI.

A falta de qualidade nos serviços públicos atinge um padrão vergonhoso.
Apesar disso, na última década os trabalhadores conseguiram melhorias importantes, muitas inéditas. O desemprego caiu a um nível nunca visto. O salario mínimo não parou de subir. O emprego formal cresceu e a desigualdade regional diminuiu. Apresentado como filantropia de fins eleitorais, o Bolsa Família nada mais é do que uma resposta dos poderes públicos a condição de miséria na qual sobrevivem milhões de famílias de trabalhadores sem emprego decente, sem estudo formal e sem qualificação profissional, a que todos deveriam ter direito.

O problema real é outro. Entregue aos solavancos e misérias do mercado mundial, globalizado e selvagem, o mundo encontra-se em sua pior crise desde 1929. Em toda parte, conquistas históricas da se encontram sob ameaça – quando não foram simplesmente revogadas.

A regressão é geral e muita gente repete que não há outra saída. É o novo conformismo. Novo?

Este é o mal que ronda a Terra, como assinalou Tony Judt, um dos principais historiadores de nosso tempo.

O debate realmente novo é saber o que o país fará daqui para a frente.
A oposição, em suas várias faces e muitas máscaras, está pronta para cumprir seu papel. Recebe estímulos, favores e até carinhos. Fala através de eufemismos e encontra-se bem protegida.

O debate não é velho nem novo. Envolve o rumo das conquistadas arrancadas depois de 2003 – e o que será feito com elas no pós-2014.
Este é o debate que o Dia Nacional de Luta colocou. É bom entender isso.

Paulo Moreira Leite é Jornalista, Dirertor da surcursal de de Brasilia da Revista Isto É

Farsa tarifária mira o grupo do Brics
Eusébio Pinto Neto

Farsa tarifária mira o grupo do Brics

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

A Faria Lima custa caro demais ao Brasil
Eduardo Annunciato, Chicão

A Faria Lima custa caro demais ao Brasil

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto
César Augusto de Mello

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Números grandes
João Guilherme Vargas Netto

Números grandes

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Sindnapi repudia qualquer ataque aos benefícios dos aposentados
Milton Cavalo

Sindnapi repudia qualquer ataque aos benefícios dos aposentados

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump
Eliseu Silva Costa

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump

O impacto do Bolsa Família na economia brasileira. Desafios e soluções propostas
Antônio de Sousa Ramalho

O impacto do Bolsa Família na economia brasileira. Desafios e soluções propostas

Posicionamento sobre a saída dos EUA da OMS
Jefferson Caproni

Posicionamento sobre a saída dos EUA da OMS

Uma Antiga Luta Sindical que Retorna ao Debate
Nilton Souza da Silva, o Neco

Uma Antiga Luta Sindical que Retorna ao Debate

Mudar a jornada!
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Mudar a jornada!

Força RN debate desafios e anuncia mudança na presidência
Força 11 JUL 2025

Força RN debate desafios e anuncia mudança na presidência

Metalúrgicos da Maringá Soldas aprovam PLR de até R$ 10 mil
Força 11 JUL 2025

Metalúrgicos da Maringá Soldas aprovam PLR de até R$ 10 mil

IPI Verde é avanço para indústria, empregos e meio ambiente
Palavra do Presidente 11 JUL 2025

IPI Verde é avanço para indústria, empregos e meio ambiente

Farsa tarifária mira o grupo do Brics
Artigos 11 JUL 2025

Farsa tarifária mira o grupo do Brics

Sindicalistas apoiam IPI Verde e empregos na indústria nacional
Força 11 JUL 2025

Sindicalistas apoiam IPI Verde e empregos na indústria nacional

Nova Indústria Brasil: sindicalistas levam pautas ao Governo Federal
Força 10 JUL 2025

Nova Indústria Brasil: sindicalistas levam pautas ao Governo Federal

Secretário-geral da Força fala à Tutaméia TV sobre tarifaço trumpista
Força 10 JUL 2025

Secretário-geral da Força fala à Tutaméia TV sobre tarifaço trumpista

Nota das centrais sindicais sobre “tarifaço” de 50% dos EUA
Força 10 JUL 2025

Nota das centrais sindicais sobre “tarifaço” de 50% dos EUA

Metalúrgicos de SP e Mogi mantêm luta por direitos e conquistas
Força 10 JUL 2025

Metalúrgicos de SP e Mogi mantêm luta por direitos e conquistas

Aposentados do metrô buscam plano de saúde mais barato no Sindnapi
Força 10 JUL 2025

Aposentados do metrô buscam plano de saúde mais barato no Sindnapi

Negociação dos frentistas do RJ será retomada sexta, 11
Força 10 JUL 2025

Negociação dos frentistas do RJ será retomada sexta, 11

Centrais Sindicais Lançam Plebiscito Popular em Rondônia
Força 10 JUL 2025

Centrais Sindicais Lançam Plebiscito Popular em Rondônia

SINTRABOR participa de seminário da IndustriALL no Chile
Força 10 JUL 2025

SINTRABOR participa de seminário da IndustriALL no Chile

O despertar de consciência de um povo adormecido
Força 8 JUL 2025

O despertar de consciência de um povo adormecido

Força RS convoca filiados para lançamento de plebiscito popular
Força 8 JUL 2025

Força RS convoca filiados para lançamento de plebiscito popular

Sindicalistas preparam debate sobre Nova Indústria Brasil
Força 8 JUL 2025

Sindicalistas preparam debate sobre Nova Indústria Brasil

Alckmin, sindicalistas e empresários debatem situação do aço
Força 8 JUL 2025

Alckmin, sindicalistas e empresários debatem situação do aço

Trabalhador recebe carro 0km da Força Sindical em São Paulo
1º de Maio 8 JUL 2025

Trabalhador recebe carro 0km da Força Sindical em São Paulo

Força RS entrega 10 mil assinaturas pela redução da jornada
Força 8 JUL 2025

Força RS entrega 10 mil assinaturas pela redução da jornada

Alckmin debate com sindicalistas demandas do setor da borracha
Força 8 JUL 2025

Alckmin debate com sindicalistas demandas do setor da borracha

Plebiscito Popular pela redução de jornada e isenção do IR até R$ 5 mil
Força 7 JUL 2025

Plebiscito Popular pela redução de jornada e isenção do IR até R$ 5 mil

Sindicalistas intensificam luta em defesa do setores do aço e da borracha
Força 7 JUL 2025

Sindicalistas intensificam luta em defesa do setores do aço e da borracha

Servidores Municipais mobilizados contra PEC 32 em SP
Força 4 JUL 2025

Servidores Municipais mobilizados contra PEC 32 em SP

Segurança e Saúde nos órgãos estaduais não são prioridade na Alesp
Força 4 JUL 2025

Segurança e Saúde nos órgãos estaduais não são prioridade na Alesp

Ney Matogrosso canta: Metamorfose Ambulante; música
Força 4 JUL 2025

Ney Matogrosso canta: Metamorfose Ambulante; música

Força Sindical alinha atuação de conselheiros do Sistema S
Força 4 JUL 2025

Força Sindical alinha atuação de conselheiros do Sistema S

São Paulo celebra Dia da Luta Operária com homenagens históricas
Força 4 JUL 2025

São Paulo celebra Dia da Luta Operária com homenagens históricas

Trabalhadores da VOITH debatem redução da jornada
Força 3 JUL 2025

Trabalhadores da VOITH debatem redução da jornada

Trabalhadores da Komatsu garantem aumento de 26% na PLR após greve
Força 3 JUL 2025

Trabalhadores da Komatsu garantem aumento de 26% na PLR após greve

Químicos de Guarulhos reforçam mobilização por jornada menor
Força 3 JUL 2025

Químicos de Guarulhos reforçam mobilização por jornada menor

Aguarde! Carregando mais artigos...