Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
10 DEZ 2024

Imagem do dia

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Imprensa

Trabalho justo e sustentável é pauta das centrais sindicais para o G20

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Imprensa

Trabalho justo e sustentável é pauta das centrais sindicais para o G20

Trabalho justo e sustentável é pauta das centrais sindicais para o G20Pensar o mundo do trabalho a partir das mudanças tecnológicas, da emergência ambiental e da justiça social. Esses são os pilares das demandas que as centrais sindicais brasileiras vão levar para a Cúpula Social do G20, prevista para o ocorrer entre os dias 14 e 16 de novembro, na região da Praça Mauá, no Rio de Janeiro.

Os dois primeiros dias de evento terão atividades autogestionadas, ou seja, organizadas pelas entidades da sociedade civil. A atividade promovida pelos sindicatos ocorre no dia 14, entre 13h30 e 16h. Ao fim do dia, será aprovado um texto chamado “Transições no mundo do trabalho: garantir empregos de qualidade e promover a redução das desigualdades”.

Ele vai ser apresentado ao lado das propostas das outras entidades civis no dia 16, quando vai ser produzido um documento síntese da Cúpula Social.

O encontro das centrais sindicais tem como organizadoras: CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Intersindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Pública, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“Nos outros encontros do G20 que ocorreram pelo mundo, o debate ficou restrito aos chefes de Estado. Os movimentos sindical e social ficaram à margem, tentando fazer atividades paralelas para ser ouvidos. No G20 do Brasil, a sociedade está integrada, vai poder debater e apresentar suas propostas. Nós temos a expectativa de contribuir com um documento único e entregar ao presidente Lula, para que ele possa ler diante dos outros chefes de Estado. É uma oportunidade extraordinária de apresentar uma pauta ampla em relação a temas que são urgentes”, diz Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT.

Futuro do trabalho

O documento das centrais sindicais parte do entendimento de que os impactos climáticos globais intensificam o deslocamento de refugiados e aprofundam as disparidades sociais. Há preocupação com a perda de empregos devido ao estresse térmico, em setores como agricultura, construção civil, turismo e comércio de rua.

Eles são considerados mais vulneráveis pela maior exposição ao calor ou frio excessivos, pela escassez hídrica, por enchentes, queimadas, e outras condições extremas.

Baseadas em informações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), as centrais apoiam uma economia sustentável, com redução de emissões de gases de efeito estufa, que seja capaz de gerar inclusão social e criar até 60 milhões de empregos a mais do que a economia convencional.

Há também preocupação de que o crescimento da digitalização e do uso de inteligência artificial (IA) promovam mudanças no mercado de trabalho e acelerem a obsolescência profissional. A automação é um sinal de alarme principalmente em países com predomínio de empregos de baixa renda, porque pode aprofundar problemas de desemprego, precarização e desigualdades.

As centrais destacam o aumento dos trabalhos com menos direitos, sem proteção social, com obstáculos à organização sindical, jornada de trabalho extensa e desregulamentada, instabilidade da renda e sobrecarga de tarefas.

“Nesse mundo mais sustentável que desejamos, é importante que a gente garanta que ninguém fique para trás. Nem os trabalhadores, nem comunidades tradicionais, nem as mulheres negras, juventude. Por isso, ele deve ter como eixo estrutural a redução das desigualdades. E, nesse sentido, a classe trabalhadora reivindica postos de trabalho ambientalmente sustentáveis, com condições de trabalho dignas, orientadas pelo conceito de trabalho decente da OIT”, diz Adriana Marcolino, socióloga e diretora técnica do Dieese.

Demandas ao G20

Para as centrais sindicais, o G20 é a oportunidade única de ampliar vozes e demandas dos trabalhadores. A expectativa é que o encontro dos chefes de estado aborde mais do que questões macroeconômicas, e inclua também temas sociais. Um dos caminhos defendidos é o de que seja possível reduzir as desigualdades que se manifestam mesmo entre os países do bloco, como diferentes legislações e condições trabalhistas.

“É importante que o debate leve em conta os interesses de todos. E busque parâmetros internacionais. A OIT tem um papel fundamental nessa discussão, para que possamos ter um modelo unitário de legislação trabalhista e espaço de produção. Hoje, temos regras diferentes de um lugar para o outro. Há alguns com ambientes insalubres de produção, sem jornadas de trabalho regulamentadas. Muitas vezes, uma multinacional sai de um país e vai para o outro, buscando aquilo que ela pode subverter na lei de outro país. A concorrência baseada nessa precarização prejudica os trabalhadores e o meio ambiente”, analisa João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical.

Dessa forma, o documento que será apresentado na Cúpula Social do G20 pelas centrais sindicais brasileiras terá, ao menos, 20 demandas:

  1. Implementação de políticas de desenvolvimento econômico socialmente justo e ambientalmente sustentável, com redução das diferentes dimensões das desigualdades.
  2. Garantia de acesso público, universal e de qualidade à saúde, educação, aos serviços de cuidado e seguridade para as populações ao longo de toda a vida.
  3. Garantia de direitos trabalhistas, previdenciários e sindicais, revertendo processos de precarização do trabalho difundidos ao redor do mundo, revendo o estabelecimento de contratos de trabalho precários.
  4. Fortalecimento da liberdade de organização sindical e a negociação coletiva nos setores público e privado, combate de práticas antissindicais e garantia de autonomia dos trabalhadores na definição do sistema de financiamento sindical.
  5. Implementação da política de valorização salarial.
  6. Ampliação da adesão às Convenções da OIT, como a convenção 156, sobre a adoção de medidas para impedir que demandas familiares dificultem o acesso ao emprego e o crescimento profissional; criação de convenções que tratem das novas formas de trabalho mediadas pela digitalização e pelo uso da Inteligência Artificial.
  7. Ampliação das oportunidades orientadas pelos princípios do trabalho decente para mulheres, população negra, juventude, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, além de combater o trabalho escravo e erradicar o trabalho infantil.
  8. Atualização das regulações da jornada laboral de modo a limitar a fragmentação do tempo de trabalho por meio das novas tecnologias.
  9. Garantia de formação profissional permanente e de qualificação profissional para novos postos de trabalho em casos de empresas afetadas pela automação.
  10. Eliminação de processos produtivos prejudiciais à saúde dos trabalhadores garantindo saúde e segurança no trabalho.
  11. Garantia de proteção aos desempregados através de políticas como seguro-desemprego, formação profissional, intermediação de mão de obra e programas de transferência de renda.
  12. Instituição da renda básica universal como direito social, complementar aos direitos do trabalho.
  13. Implementação de tributação progressiva sobre renda e patrimônio e o aumento da tributação sobre grandes heranças e fortunas, lucros e dividendos para a criação de um fundo mundial para transição energética e o combate à pobreza e às desigualdades.
  14. Implementação de políticas de transição, recuperação e preservação ambiental que incluam a geração de trabalho decente e amparo para todas as comunidades afetadas.
  15. Garantia da valorização da agricultura familiar, da agroecologia, da economia circular e redução da poluição nas cidades e no campo.
  16. Implementação de investimentos em energia limpa, renovável e acessível, garantindo que a população tenha acesso a padrões de vida dignos e mobilidade.
  17. Ampliação dos investimentos em infraestrutura para uma produtividade ancorada em ciência e tecnologia e criação de empregos formais de qualidade e sustentáveis.
  18. Estabelecer infraestrutura econômica, social e ambiental para uma industrialização sustentável, revertendo o processo de reprimarização em países da periferia.
  19. Regulamentação do uso de tecnologias que impactam negativamente os postos e as condições de trabalho, de forma que as inovações sejam elementos de promoção e melhoria da vida em sociedade.
  20. Compartilhamento dos ganhos de produtividade advindos de avanços tecnológicos com os trabalhadores (por meio da redução da jornada de trabalho e da valorização dos salários) e com o Estado (arrecadação de tributos).

Fonte: Agência Brasil

Veja também: Pacote do governo preocupa trabalhadores

Últimas de Imprensa

Todas de Imprensa
Que o Natal renove nossa luta por união e justiça!
Força 24 DEZ 2024

Que o Natal renove nossa luta por união e justiça!

A Construção Coletiva da sociedade
Artigos 20 DEZ 2024

A Construção Coletiva da sociedade

Prazo para atualização de dados sindicais termina em dezembro
Força 20 DEZ 2024

Prazo para atualização de dados sindicais termina em dezembro

Trabalhadores recebem verbas indenizatórias referentes a feriados
Força 20 DEZ 2024

Trabalhadores recebem verbas indenizatórias referentes a feriados

Vigilantes SP conquistam reajuste acima da inflação
Força 18 DEZ 2024

Vigilantes SP conquistam reajuste acima da inflação

Sindicalistas reúnem-se com líder do Partido Comunista Chines
Força 17 DEZ 2024

Sindicalistas reúnem-se com líder do Partido Comunista Chines

Nota de repúdio da Força Sindical RS
Força 17 DEZ 2024

Nota de repúdio da Força Sindical RS

Sindicalistas fortalecem luta em defesa da SPTrans
Força 17 DEZ 2024

Sindicalistas fortalecem luta em defesa da SPTrans

Movimentos sindical e popular cobram mudança nos cortes de gastos
Imprensa 17 DEZ 2024

Movimentos sindical e popular cobram mudança nos cortes de gastos

Vice-presidente SINPOSPETRO-RJ representa trabalhadores de todo o país na CNPBz
Força 17 DEZ 2024

Vice-presidente SINPOSPETRO-RJ representa trabalhadores de todo o país na CNPBz

Confira a Carta ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Força 16 DEZ 2024

Confira a Carta ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

Diretoria do SINPOSPETRO-RJ define projetos para 2025
Força 13 DEZ 2024

Diretoria do SINPOSPETRO-RJ define projetos para 2025

Audiência Pública na Alesp promove debate sobre escala 6×1
Força 12 DEZ 2024

Audiência Pública na Alesp promove debate sobre escala 6×1

Sindicalistas da Força participam de 4ª reunião do Conselhão
Força 12 DEZ 2024

Sindicalistas da Força participam de 4ª reunião do Conselhão

Desafios para 2025
Palavra do Presidente 12 DEZ 2024

Desafios para 2025

Dieese divulga Balanço das Greves Primeiro Semestre
Força 12 DEZ 2024

Dieese divulga Balanço das Greves Primeiro Semestre

Sindnapi reúne diretores para o planejamento de 2025
Força 12 DEZ 2024

Sindnapi reúne diretores para o planejamento de 2025

Direito a dois domingos de folga às mulheres é uma conquista do SINPOSPETRO-RJ
Força 12 DEZ 2024

Direito a dois domingos de folga às mulheres é uma conquista do SINPOSPETRO-RJ

Servidores de Santos iniciam negociação salarial
Força 12 DEZ 2024

Servidores de Santos iniciam negociação salarial

Aumentar os juros é um crime contra o país
Força 12 DEZ 2024

Aumentar os juros é um crime contra o país

Veja retrospectiva das atividades do SINTRABOR em 2024
Força 12 DEZ 2024

Veja retrospectiva das atividades do SINTRABOR em 2024

Último dia de intercâmbio Brasil e China!
Força 12 DEZ 2024

Último dia de intercâmbio Brasil e China!

Sindicato lança terceira cartilha sobre trabalho decente no comércio
Força 12 DEZ 2024

Sindicato lança terceira cartilha sobre trabalho decente no comércio

Aumento dos juros: remédio errado e desnecessário
Força 11 DEZ 2024

Aumento dos juros: remédio errado e desnecessário

MPT defende vínculo trabalhista entre motoristas e Uber em audiência pública no STF
Imprensa 11 DEZ 2024

MPT defende vínculo trabalhista entre motoristas e Uber em audiência pública no STF

Inflação oficial perde força e fecha novembro em 0,39%
Imprensa 11 DEZ 2024

Inflação oficial perde força e fecha novembro em 0,39%

Sindbrinq realiza assembleias em empresas do setor de brinquedos
Força 11 DEZ 2024

Sindbrinq realiza assembleias em empresas do setor de brinquedos

Força intensifica diálogo com sindicalistas chineses
Força 11 DEZ 2024

Força intensifica diálogo com sindicalistas chineses

Veja fotos da delegação da Força em intercâmbio na China
Força 10 DEZ 2024

Veja fotos da delegação da Força em intercâmbio na China

Ministério do Trabalho terá plataforma para atendimento ao cidadão
Imprensa 10 DEZ 2024

Ministério do Trabalho terá plataforma para atendimento ao cidadão

Aguarde! Carregando mais artigos...