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Rio +20
Rio de Janeiro (RJ): Centrais defendem mundo sustentável na caminhada de Copacabana
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Rio +20
Renato Ilha
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A defesa de um mundo sustentável com trabalho decente mobilizou as centrais sindicais em caminhada histórica, realizada no calçadão de Copacabana, dia 11 de junho, dentro das atividades da Conferência das Nações Unidas pelo Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Os cidadãos que passeavam pela praia naquele domingo perceberam a movimentação dos sindicalistas logo nas primeiras horas da manhã, quando a concentração se formava com pessoas, carros, balões e as cores as que diferenciavam Força Sindical, Nova Central (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), unidas no propósito de mostrar a disposição de luta dos trabalhadores brasileiros por um meio ambiente em que o ser humano é um componente essencial.
Foi o que se viu a partir das 11h, quando centenas de pessoas, de todas as idades, marcharam organizadas ao longo de um trajeto de um quilômetro de extensão. A passeata despertou a atenção dos transeuntes, que acompanharam a pé e de bicicleta a caminhada das centrais unidas, reprisando a ação conjunta mantida na Rio+20 e formalizada dia 11/06, quando do lançamento da carta “Desenvolvimento Sustentável com Trabalho Decente”, na Assembléia Legislativa fluminense.
“Estamos conscientes de que a água que bebemos e o ar que respiramos devem ser preservados para as novas gerações”, afirmou Nilson Duarte Costa, da UGT, sintetizando o sentimento coletivo de trabalhadores e da população brasileira. Também Sebastião Soares, em nome da Nova Central, denunciou a ausência dos maiores poluidores do mundo – Estados Unidos e China – da Conferência da ONU.
“Queremos um planeta decente para os nossos filhos e respeito à mulher trabalhadora”, afirmou Nair Goulart, vice-presidente da Força Sindical e presidente adjunta da Confederação Sindical Internacional (CSI). Ela justificou a presença de tantas pessoas em pleno domingo de sol a partir da vontade de todos de construir uma alternativa de vida marcada pela sustentabilidade econômica, social e ambiental.
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SAMBA E ORAÇÃO – O momento de maior emoção do ato foi quando Nair Goulart convidou os manifestantes a rezar uma oração em nome das vítimas de acidentes de trabalho, pedindo que enterrassem na areia da praia as cruzes de madeira simbólicas que carregaram na passeata. Em todo o mundo, anualmente, cerca de dois milhões de trabalhadores perdem suas vidas no trabalho. São cinco mil mortes por dia, três vidas perdidas a cada minuto, o equivalente ao dobro das baixas ocasionadas pelas guerras e mais do que as perdas provocadas pela Aids. Desde 2003, a data de 28 de abril foi escolhida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para lembrar o Dia Mundial das Vítimas em Acidentes de Trabalho.
Integrantes do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra, do município de São Gonçalo, que participa do Carnaval carioca, animaram o ambiente, encerrando a manifestação organizada em nome da vida e do trabalho decente. Um dos principais organizadores do evento, Francisco Dal Prá, presidente da Força Sindical-RJ demonstrou se mostrou satisfeito com o sucesso da realização, cuja repercussão popular era visível. A caminhada foi prestigiada pelo secretário Municipal do Trabalho do Rio de janeiro, Augusto Ribeiro.