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Rio de Janeiro (RJ): Gilberto Carvalho condena modelo e propõe adesão ao desenvolvimento sustentável
quarta-feira, 13 de junho de 2012
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Divulgação
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O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, compareceu na Assembléia Sindical Sobre Trabalho e Desenvolvimento, que se realiza no Hotel Windsor Guanabara, desde o dia 11 até 13 de junho, no Centro do Rio de Janeiro.
Em sua breve aparição, o ministro saudou os congressistas e disse aguardar propostas que ajudem a encontrar o caminho em meio à crise mundial. “Essa é a importância da RIO+20, quando o modelo de desenvolvimento, consumo e distribuição começa a mostrar sua falência”, declarou.
Para ele, o modelo neoliberal, que se mostrava como única alternativa viável para a Humanidade, passa a apresentar rachaduras profundas. E na crise é exatamente a hora adequada para propor alternativas, “para que vozes se levantam em todos os cantos do mundo apontando a injustiça e propondo o desenvolvimento sustentável”, afirmou Carvalho.
Na opinião que expressou, o representante da presidência da república falou que o país tem feito um esforço muito grande, especialmente nos últimos noves anos, para corrigir as distorções impostas pelo modelo, dizendo não ter ilusão pelo fato de o governo ser apenas uma das partes da totalidade do poder. “No mecanismo de funcionamento do sistema, a marginalização avança na medida em que ele próprio se constrói. Nossa política econômica se esforça em direção à distribuição de renda, conforme mostram os dados”, argumentou.
O porta-vos da presidente Dilma no evento não deixar de frisar que a classe trabalhadora teve elevado o seu padrão de consumo, no qual mais de 40 milhões de brasileiros deixaram uma situação de exclusão absoluta, hoje integrando o processo de inclusão.
Gilberto Carvalho, todavia, reconhece a existência de cerca de 16 milhões de pessoas que ainda vivem à margem do atendimento de saúde e sem acesso à educação, formando – como falou – uma fábrica permanente de marginalidade, que se expressa na falta de segurança e de crescimento das drogas, com a juventude como principal vítima.
“Estamos lutando para domesticar essa fera e mudar as condições da perversidade do modelo. E não é só o governo que deve lutar, mas também o conjunto da sociedade brasileira, latinoamericana e internacional”, concluiu o ministro.
DOCUMENTO – Ao deixar o auditório, Gilberto Carvalho foi cercado por sindicalistas que entregaram a ele a Carta das centrais intitulada “Desenvolvimento Sustentável com Trabalho Decente”, que ratifica os termos da declaração feita naquela plenária. Sindicalistas da s quatro centrais que se reuniram no dia anterior na Assembléia Legislativa carioca – Força Sindical, Nova Central (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB) – pediram apoio às propostas elencadas no documento.